ATA DA NONAGÉSIMA TERCEIRA SESSÃO ORDINÁRIA DA
SEGUNDA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SEGUNDA LEGISLATURA, EM
09.11.1998.
Aos nove dias do mês de novembro do ano de mil
novecentos e noventa e oito reuniu-se, no
Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de
Porto Alegre. Às quatorze horas foi efetuada a chamada, sendo respondida pelos
Vereadores Fernando Záchia, Gerson Almeida, João Carlos Nedel, João Dib, José
Valdir, Juarez Pinheiro, Nereu D'Ávila, Paulo Brum, Reginaldo Pujol, Renato
Guimarães, Tereza Franco, Cyro Martini e Milton Zuanazzi. Ainda, durante a
Sessão, compareceram os Vereadores Adeli Sell, Anamaria Negroni, Antonio
Hohlfeldt, Antônio Losada, Carlos Alberto Garcia, Cláudio Sebenelo, Clênia
Maranhão, Clovis Ilgenfritz, Eliseu Sabino, Elói Guimarães, Guilherme Barbosa,
Hélio Corbellini, Henrique Fontana, Isaac Ainhorn, João Motta, Lauro Hagemann,
Luiz Braz, Maria do Rosário, Pedro Américo Leal e Sônia Santos. Constatada a
existência de "quorum", o Senhor Presidente declarou abertos os
trabalhos e determinou a distribuição em avulsos de cópias das Ata da Nonagésima
Primeira Sessão Ordinária, que deixou de ser votada face à inexistência de
“quorum” deliberativo. À MESA foram encaminhados: pelo Vereador Adeli Sell, os
Pedidos de Informações nºs 133 e 134/98 (Processos nºs 3104 e 3108/98, respectivamente);
pelo Vereador Carlos Alberto Garcia, 01 Pedido de Providências; pelo Vereador
Cláudio Sebenelo, o Pedido de Informações nº 132/98 (Processo nº 3079/98); pelo
Vereador João Carlos Nedel, os Projetos de Resolução nºs 47 e 48/98 (Processos
nºs 3115 e 3116/98, respectivamente); pela Vereadora Maria do Rosário, os
Projetos de Lei do Legislativo nºs 154 e 158/98 (Processos nºs 3067 e 3129/98,
respectivamente); pelo Vereador Renato Guimarães, a Indicação nº 91/98
(Processo nº 3119/98). Do EXPEDIENTE constaram: Ofícios nºs 445, 446 e 447/98,
do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre; 2377/98, do Senhor Gilberto
Chiapinotto, Superintendente de Negócios da Caixa Econômica Federal - CEF;
3504, 3506, 3509 e 3511/98, da Senhora Iara Leite, do Gabinete da Casa Civil do
Estado/RS. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 2ª Sessão, os Projetos
de Lei do Legislativo nºs 109/94, este discutido pelo Vereador Renato
Guimarães, e 150/98, este discutido pelos Vereadores Paulo Brum, Cyro Martini e
José Valdir, o Projeto de Resolução nº 46/98; em 3ª Sessão, os Projetos de Lei
do Legislativo nºs 149 e 96/98, este discutido pelo Vereador Gerson Almeida, o
Projeto de Resolução nº 45/98. A seguir, nos termos da alínea “f”, § 1º do
artigo 94 do Regimento, o Senhor Presidente concedeu a palavra ao Vereador
Clovis Ilgenfritz, que relatou sua participação, como representante deste
Legislativo, nas solenidades comemorativas aos dez anos de promulgação do
Estatuto da Criança e do Adolescente e aos oito anos de existência do Conselho
da Criança e do Adolescente. Também, procedeu à leitura de carta elaborada por
crianças e adolescentes, alusiva aos eventos mencionados. Após, constatada a
existência de “quorum”, foi aprovado Requerimento verbal do Vereador Antonio
Hohlfeldt, adendado pelo Vereador Elói Guimarães, solicitando alteração na
ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do Dia. Na ocasião, os
trabalhos estiveram suspensos das quatorze horas e quarenta e nove minutos às
quatorze horas e cinqüenta minutos, nos termos regimentais. Em COMUNICAÇÃO DE
PRESIDENTE, o Vereador Luiz Braz, ao reportar-se a declarações feitas pelo
Jornalista Lasier Martins no programa “Jornal do Almoço” exibido no dia sete de
novembro do corrente, manifestou-se a respeito da tramitação, neste
Legislativo, do II Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental - PDDUA,
salientando a necessidade de que a discussão a respeito deste projeto aconteça
da forma mais democrática possível, a fim de atender os objetivos visados pelo
referido Plano. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Antonio Hohlfeldt saudou a
Secretaria Municipal dos Transportes pela implantação de linhas circulares
gratuitas de ônibus, vinculadas a estacionamento localizado no Terminal da
Travessa do Carmo. Também, teceu considerações a respeito do trabalho realizado
pela Comissão Especial constituída na Casa para a análise do II Plano Diretor
de Desenvolvimento Urbano e Ambiental - PDDUA. O Vereador Lauro Hagemann
registrou a realização, no último final de semana, de reunião do Diretório
Regional do PPS, na qual Sua Excelência foi eleito Presidente da Executiva
Regional deste Partido. Ainda, analisou aspectos conjunturais relativos à
participação do PPS na composição do secretariado da nova administração que
assumirá o Governo do Estado em mil novecentos e noventa e nove. O Vereador
Clovis Ilgenfritz defendeu o encaminhamento dado pela Casa às discussões e à
sistemática de trabalho da Comissão Especial constituída para a análise do II
Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental - PDDUA, historiando fatos
da tramitação deste Plano e ressaltando a importância das consultas populares
realizadas, através da oitiva de diversas entidades representativas da comunidade.
O Vereador Hélio Corbellini comentou a responsabilidade que tem este Parlamento
em aprofundar as discussões relativas ao II Plano Diretor de Desenvolvimento
Urbano e Ambiental - PDDUA, de maneira a garantir a aprovação das propostas que
sejam a melhor expressão da vontade popular e que viabilizem um desenvolvimento
econômico e geográfico sustentável para a Cidade de Porto Alegre. Na ocasião, o
Senhor Presidente registrou a presença do Vereador Nilton Celso Silveira, da
Câmara Municipal de Terra de Areia. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador
Reginaldo Pujol discorreu a respeito das atividades de análise e de
aconselhamento técnico realizadas pela Comissão Especial constituída na Casa
para analisar o II Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental - PDDUA,
atividades estas que, aliadas às manifestações de diversas entidades
representativas da sociedade porto-alegrense, se traduzem em Emendas apostas ao
Projeto original. Também, informou a realização de reunião da referida Comissão
amanhã, às nove horas, no Salão Nobre da Presidência. O Vereador Fernando
Záchia manifestou-se a respeito do processo de análise e discussão que vem
ocorrendo na Casa, com referência ao II Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano
e Ambiental - PDDUA, ressaltando a necessidade de que este processo transcorra
de maneira célere, mas de modo a não inviabilizar a realização e o detalhamento
de debates acerca do assunto. O Vereador Nereu D’Ávila, ao referir-se a
posicionamentos adotados durante os trabalhos da Comissão Especial constituída
na Casa para analisar o II Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental
- PDDUA, quanto ao prazo para votação deste projeto, expôs os motivos que o
levaram a renunciar ao cargo de Presidente da referida Comissão. O Vereador
João Dib teceu considerações acerca de dados relativos à apresentação e
tramitação neste Legislativo do II Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e
Ambiental - PDDUA, fazendo um comparativo com as disposições do Plano Diretor
de Desenvolvimento Urbano e Ambiental atualmente em vigor e defendendo a
necessidade de revisões e reavaliações periódicas sobre a questão. Em
continuidade, foi apregoado o Projeto de Lei do Legislativo nº 161/98 (Processo
nº 3162/98) e, constatada a existência de “quorum”, foi aprovado Requerimento
verbal do Vereador João Dib, adendado pelo Vereador Gerson Almeida, solicitando
alteração na ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do Dia, tendo o
Senhor Presidente prestado esclarecimentos a respeito do mesmo, face Questões
de Ordem dos Vereadores João Dib e Juarez Pinheiro. A seguir, constatada a
existência de “quorum”, foi iniciada a ORDEM DO DIA. Em Discussão Geral e
Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 19/98, por
trinta votos SIM, tendo votado os Vereadores Adeli Sell, Antonio Hohlfeldt,
Carlos Alberto Garcia, Cláudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Clovis Ilgenfritz,
Eliseu Sabino, Elói Guimarães, Fernando Záchia, Gerson Almeida, Guilherme
Barbosa, Hélio Corbellini, Henrique Fontana, Isaac Ainhorn, João Carlos Nedel,
João Dib, João Motta, José Valdir, Juarez Pinheiro, Lauro Hagemann, Luiz Braz,
Maria do Rosário, Nereu D'Ávila, Paulo Brum, Pedro Américo Leal, Reginaldo
Pujol, Renato Guimarães, Tereza Franco, Cyro Martini e Milton Zuanazzi. Em
Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 08/98,
após ser discutido pelos Vereadores Reginaldo Pujol e Elói Guimarães. Em
Discussão Geral e Votação, foram aprovados o Projeto de Lei do Legislativo nº
75/98 e a Emenda nº 01 a ele aposta. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado
o Projeto de Lei do Legislativo nº 84/98, após ser discutido pelo Vereador
Reginaldo Pujol. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do
Legislativo nº 90/98. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi aprovado o
Projeto de Lei do Legislativo nº 115/98, por trinta votos SIM, tendo votado os
Vereadores Anamaria Negroni, Antonio Hohlfeldt, Carlos Alberto Garcia, Cláudio
Sebenelo, Clênia Maranhão, Clovis Ilgenfritz, Eliseu Sabino, Elói Guimarães,
Fernando Záchia, Gerson Almeida, Guilherme Barbosa, Hélio Corbellini, Henrique
Fontana, João Carlos Nedel, João Dib, João Motta, José Valdir, Juarez Pinheiro,
Lauro Hagemann, Luiz Braz, Maria do Rosário, Nereu D'Ávila, Paulo Brum, Pedro
Américo Leal, Reginaldo Pujol, Renato Guimarães, Sônia Santos, Tereza Franco,
Cyro Martini e Milton Zuanazzi. Na ocasião, foi aprovado Requerimento do
Vereador Reginaldo Pujol, solicitando Licença para Tratar de Interesses
Particulares no dia onze de novembro do corrente. Em Discussão Geral e Votação,
foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 118/98. Em Discussão Geral e
Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 146/98, após ser
encaminhado à votação pelo Vereador Carlos Alberto Garcia. Na oportunidade, o
Vereador Reginaldo Pujol formulou Requerimento verbal, deferido pelo Senhor
Presidente, solicitando fosse registrado que o Projeto de Lei do Legislativo nº
146/98 foi aprovado por unanimidade dos votantes. Também, através de Questão de
Ordem, o Vereador Juarez Pinheiro, manifestou-se acerca da Redação Final do
Projeto de Lei do Legislativo nº 146/98. Em Discussão Geral e Votação, foi
aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 15/98, com ressalva das Emendas nºs
01 e 02 a ele apostas, após ser encaminhado à votação pelos Vereadores Renato
Guimarães, Isaac Ainhorn e Antonio Hohlfeldt. Foi votada destacadamente e
rejeitada a Emenda nº 01 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 15/98, por
vinte e seis votos NÃO, em votação nominal solicitada pelo Vereador Isaac
Ainhorn, tendo votado os Vereadores Adeli Sell, Antonio Hohlfeldt, Antônio
Losada, Carlos Alberto Garcia, Cláudio Sebenelo, Clovis Ilgenfritz, Elói
Guimarães, Fernando Záchia, Gerson Almeida, Guilherme Barbosa, Hélio
Corbellini, Henrique Fontana, Isaac Ainhorn, João Carlos Nedel, João Dib, João
Motta, José Valdir, Juarez Pinheiro, Lauro Hagemann, Maria do Rosário, Paulo
Brum, Pedro Américo Leal, Renato Guimarães, Sônia Santos, Cyro Martini e Milton
Zuanazzi. Foi aprovada a Emenda nº 02 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº
15/98. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo
nº 15/97. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do
Legislativo nº 10/98, com ressalva da Emenda a ele aposta, após ter sido
encaminhado à votação pelos Vereadores Cláudio Sebenelo e Renato Guimarães. A
seguir, foi aprovada a Emenda nº 01 aposta a este Projeto. Na ocasião, o Senhor
Presidente registrou a presença do Senhor Rogério Favreto, Procurador-Geral do
Município de Porto Alegre, e foram apregoados os seguintes Ofícios, de autoria
do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre: de nº 461/98 (Processo nº
3173/98), informando o afastamento do Senhor José Fortunati, Vice-Prefeito
Municipal, nos dias doze e treze de novembro do corrente, para participar do
Encontro Nacional de Vice-Prefeitos, a realizar-se na cidade do Rio de Janeiro;
e de nº 462/98 (Processo nº 3174/98), solicitando autorização legislativa para
ausentar-se do País do dia treze ao dia vinte de novembro do corrente, para
participar do VI Encontro pela Cooperação e Solidariedade das Cidades
Ibero-Americanas com Havana, em Cuba, e do Encontro Internacional sobre
Participação Social na Gestão do Meio Ambiente Urbano, na Cidade do México. Na
ocasião, através de Questão de Ordem, o Vereador João Dib solicitou informações
acerca do Ofício nº 462/98, do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre. Em
Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº
81/98. A seguir, face às Questões de Ordem formuladas pelos Vereadores João
Dib, Isaac Ainhorn e Juarez Pinheiro, o Senhor Presidente prestou
esclarecimentos sobre o encaminhamento a ser dado ao Ofício 462/98, do Senhor
Prefeito Municipal. Foi aprovado Requerimento do Vereador João Dib (Processo nº
2970/98), solicitando a ouvida na Comissão de Constituição e Justiça acerca da
utilização de Cartas-Contrato pelo Executivo Municipal. Às dezessete horas e
dezoito minutos, os trabalhos foram declarados regimentalmente suspensos. Às
dezessete horas e vinte e quatro minutos, constatada a inexistência de “quorum”
para a reabertura da Sessão, o Senhor Presidente declarou encerrados os
trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária da próxima
quarta-feira, à hora regimental e convidando para a reunião da Comissão Especial
constituída para apreciação do II Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e
Ambiental do Município de Porto Alegre, no dia de amanhã, às nove horas. Os
trabalhos foram presididos pelos Vereadores Luiz Braz, Clovis Ilgenfritz e
Juarez Pinheiro e secretariados pelos Vereadores Juarez Pinheiro e Paulo Brum.
Do que eu, Juarez Pinheiro, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente
Ata que, após distribuída em avulsos e aprovada, será assinada por mim e pelo
Senhor Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Juarez Pinheiro): Passamos à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
2ª SESSÃO
PROC.
1918/94 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 109/94, de autoria do Ver. Jocelin Azambuja,
que autoriza o Poder Executivo a implantar uma pista para ciclistas no Parque
Farroupilha, denominando-a “Ciclovia da Redenção”, e dá outras providências.
PROC.
3037/98 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 046/98, de autoria da Mesa Diretora, que reorganiza os serviços
administrativos da Câmara Municipal de Porto Alegre e dá outras providências.
PROC.
2993/98 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 150/98, de autoria do Ver. Paulo Brum, que
assegura o direito de prioridade de atendimento em hospitais e postos de saúde
(exceto emergências), sediados no Município de Porto Alegre, às pessoas idosas
e aos portadores de deficiência física.
3ª SESSÃO
PROC.
2056/98 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 096/98, de autoria do Ver. Gerson Almeida, que
denomina Praça Arquiteta Berenice Guerreiro Baptista um logradouro público
localizado no Bairro Três Figueiras.
PROC.
2980/98 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 149/98, de autoria do Ver. Antônio Losada, que
denomina Rua Floriana da Rosa um logradouro irregular localizado no Bairro
Cristal.
PROC. 3024/98 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 045/98, de autoria da Mesa Diretora, que altera o Regimento da Câmara Municipal de Porto Alegre.
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Paulo Brum está com a palavra para
discutir a Pauta.
O SR. PAULO BRUM: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, hoje,
em 2ª Sessão de Pauta, está um projeto de minha autoria que “assegura o direito
de prioridade de atendimento em hospitais e postos de saúde, exceto
emergências, sediados no Município de Porto Alegre, às pessoas idosas e aos
portadores de deficiência física”.
É
uma modesta e singela colaboração, deste Vereador, na busca de facilitar a vida
dessas pessoas, tendo em vista as dificuldades encontradas no dia-a-dia pelos
idosos e pessoas portadoras de deficiência física. No artigo 1º, “fica
assegurado o direito de atendimento prioritário às pessoas idosas e aos
portadores de deficiência física em todos os hospitais e postos de saúde,
exceto as emergências, sediados no Município de Porto Alegre”. Conforme o
parágrafo 1º “entende-se por atendimento prioritário a não-obrigatoriedade das
pessoas protegidas por essa lei aguardarem em filas”; parágrafo 2º “entende-se
por pessoa idosa aquela que comprovar 60 anos de idade”; parágrafo 3º
“entende-se por pessoas portadoras de deficiência física as que possuem
dificuldade de locomoção, notadamente aquelas que utilizam uma cadeira de rodas,
uma prótese, uma perna mecânica e que sentem-se com uma certa dificuldade de
locomoção”. O artigo 2º diz: “os estabelecimentos citados no caput deverão
afixar, em local visível, placas indicativas de orientação ao público. O
Executivo Municipal regulamentará esta lei no prazo de 60 dias, a contar da
data de sua publicação”.
O
que nós queremos com esta proposta é buscar, de alguma maneira, a facilidade
para que essas pessoas possam ter direito digno ao atendimento
médico-hospitalar, em busca de uma consulta, em busca, às vezes, de uma simples
receita, ou seja, que possam ter direito à saúde, ter direito a uma vida plena.
Pretendemos, com este projeto, estender aos postos de saúde essa maneira de
facilitar a vida desses cidadãos, porque um dos graves problemas que atinge a
todos são as filas, já que o crescente aumento da população torna o atendimento
mais demorado. Considerando-se que para alguém em perfeitas condições físicas
já é difícil esperar para ser atendido, torna-se ainda mais penoso para aqueles
que possuem alguma limitação, seja pessoa portadora de deficiência física ou
com idade avançada. É sabido que nos dias de hoje, devido às dificuldades e ao
verdadeiro caos que se encontra a saúde pública de nosso País, para se obter
uma consulta médica ou um simples atendimento formam-se filas de um dia para o
outro. Isso é desumano para todos, principalmente para aqueles que têm uma
limitação física e para a pessoa idosa.
Com
a apresentação desse nosso projeto, nós queremos não só dar um atendimento
prioritário, mas uma atenção especial a esses cidadãos, cuja aprovação pelos
nobres pares desta Casa, facilitará, sobremaneira, a vida desses sofridos
integrantes da nossa comunidade.
O
próprio parecer da Procuradoria, que é um parecer prévio, orienta a aprovação desse
nosso projeto. Nós queremos, com certeza, que esta Casa, a Casa do povo, se
preocupe com esta questão social que, sem dúvida, facilitará a vida desses
nossos cidadãos. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): O Ver. Gerson Almeida está com a palavra
para discutir a Pauta.
O SR. GERSON ALMEIDA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores,
gostaria de apresentar ou discutir um Projeto, de minha autoria, que denomina
“Praça Arquiteta Berenice Guerreiro Baptista” um logradouro público localizado
no Bairro Três Figueiras.
Quero
apresentar à Câmara este que é um projeto que tramita em 3ª Sessão de Pauta, de
forma rápida, e os motivos pelos quais me fizeram trazer essa proposição à
Câmara de Porto Alegre:
A
Arquiteta Berenice é uma funcionária pública municipal, que trabalhou muitos
anos na Prefeitura de Porto Alegre, faleceu em 1998, e é um exemplo de servidor
público que durante décadas prestou serviço à cidade. Serviços qualificados,
serviços feitos com o reconhecimento de todos os servidores, seus colegas, e
também da Cidade de Porto Alegre. Ela passou pela Secretaria Municipal de
Planejamento, pela Secretaria Municipal de Obras e Viação e, nos últimos anos
de sua vida e de seu trabalho, como funcionária pública municipal, prestou os seus
serviços à Secretaria Municipal do Meio Ambiente.
Na
verdade, para que nós possamos dar nomes a ruas, parques e praças, é preciso
que haja ruas, parques e praças. E, nós sabemos que é na construção e no
trabalho da cidadania de uma cidade e, particularmente, dos servidores públicos
que a cidade vai sendo construída, a partir dessa interação da cidade como um
todo, dos cidadãos e do poder público. É preciso que haja funcionários públicos
para que aquelas obras e demandas definidas pela sociedade, atendidas e
encaminhadas tanto pela Câmara Municipal como pelo Poder Executivo, sejam
realizadas e nesse aspecto particular a homenagem a Arquiteta Berenice, ela é
não apenas uma homenagem a uma cidadã exemplar como funcionária pública
municipal, mas é uma homenagem, sem dúvida, poderíamos dizer assim, ao conjunto
dos servidores públicos que constróem com o seu trabalho a Cidade de Porto
Alegre, porque para cada projeto que a Berenice fez, ao longo de sua vida,
dezenas e dezenas de praças por ela foram projetadas, assim como outros colegas
que cumpriam o mesmo papel dela, fizeram outras atividades semelhantes, cada
praça, cada projeto de logradouro público formulado pela Berenice e seus
colegas, demonstra, obrigatoriamente, um carinho a cidade, para que ele possa efetivamente
ser feito de forma adequada e para que a cidade possa usufruir dessas áreas de
lazer que são especialmente os nossos parques e as nossas praças. E a Berenice,
ela sempre colocou um empenho e um carinho no trabalho que fez exemplarmente.
É
dela, por exemplo, os projetos das Praças: Raul Pilla, Nações Unidas, Jorge
Bestane, Migmnuel Gustavo, Chopin, Ponaim, Carlos Fonseca Amador, Estado de
Israel, Francisco Alves, Tristão José de Fraga, José Alexandre Záchia, Maurício
Zaduchliever, José Assunção, Vinícius de Moraes e Calçadão do Lami, entre
tantos outros projetos de logradouros e praças públicas feitos em Porto Alegre.
Só pela citação desses nomes dá para se ver a importância, de fato, do trabalho
dessa funcionária e da sua dedicação. Todos aqueles que conhecem esses lugares
citados sabem que são agradáveis e que são feitos por alguém que ama a Cidade
de Porto Alegre e, por conseguinte, colocou o seu trabalho profissional para
torná-la um lugar melhor, mais aprazível e mais agradável.
Eu
concluo, Sr. Presidente, pedindo o apoio de todos os Vereadores e Vereadoras
para a aprovação desse projeto porque, sem dúvida nenhuma, faz registro a uma
homenagem justa e representa não só os amigos e colegas da Berenice, mas todos
os funcionários públicos municipais que, de uma forma anônima, mas muito
necessária e eficiente, ajudam a construir esta Cidade com qualidade de vida.
Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Renato Guimarães está com a
palavra para discutir a Pauta.
O SR. RENATO GUIMARÃES: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, destaco
no debate da Pauta o Projeto de Lei, do Ver. Jocelin Azambuja, que trata de
autorizar o Executivo a implantar uma pista para ciclistas no Parque
Farroupilha denominado “Ciclovia da Redenção”. Por que eu destaco esse tema?
Nós também temos na Ordem do Dia um projeto, do mesmo autor, tramitando para a
votação que trata da construção de uma “Ciclovia do Trabalhador”. E me parece
que também tem um outro projeto desse mesmo autor que cria uma ciclovia na Av.
Ipiranga.
Qual
é o destaque que quero dar a esse tema e ao conjunto desses projetos que estão
colocados na Pauta? Nós temos aprovada uma lei municipal que trata do Plano
Diretor das Ciclovias que faz toda uma orientação de como a Cidade e o Executivo
deve-se ordenar para atender à política de ciclovias. O Plano Diretor das
Ciclovias, conforme a Lei, apresenta ao Executivo a necessidade de realizar
estudos sobre quais seriam os melhores locais da Cidade para se construírem as
ciclovias.
Eu
fiz questão de buscar informações sobre o assunto junto ao Executivo e recebi a
informação de que está contratada uma operação: o BID financiará, no conjunto
das obras da Cidade, um estudo que é do seu interesse e que já está aprovado,
conforme documentos que recebemos da Secretaria Municipal do Planejamento e da
Secretaria Municipal dos Transportes. Foi protocolado um acordo entre o BID e
essas Secretarias para um estudo sobre como se atenderia à demanda, à política
das chamadas ciclovias. Por que eu destaco isso? Porque vejo a simples
indicação de um projeto de lei, aqui, da Câmara de construir uma ciclovia na
Av. Ipiranga sem considerar, por exemplo, o imenso tráfego dessa Avenida e o
conjunto das suas transversais. Como é que uma ciclovia iria funcionar ali?
Do
mesmo modo com relação à Avenida do Trabalhador: nós sabemos que ela envolve um
conjunto de estradas, de avenidas, de ruas, tanto da Cidade de Porto Alegre
quanto de Viamão, Alvorada, que têm um tráfego nada simples. É um tráfego
complexo, porque envolve carros, caminhões, transporte coletivo.
Eu
trago este debate porque, para mim, a construção das ciclovias é mais complexa
do que cada Vereador propor um projeto de lei construindo uma ciclovia no seu
bairro ou na região tal. É necessário que se faça um debate sobre alternativas
de transporte. A Cidade de Porto Alegre, por seu relevo, oferece, em algumas
regiões, essa alternativa de transporte para deslocamento ao trabalho ou até
para lazer, para recreação.
Eu
faço esta referência para que, ao fazer a opção por votar e aprovar esse
projeto, se possa considerar que nós já temos um Plano Diretor. Vamos, a cada
momento, criar uma lei pontual? Ou vamos trabalhar com a lei que já existe, o
Plano Diretor? Vamos trabalhar com a possibilidade de fazer esse estudo que o
BID está financiando, para que, de fato, se possa dizer: “Tal região da Cidade
favorece a construção de uma ciclovia, vamos incentivar isso, fazer com que o
Poder local construa isso”. Esse é o debate quero trazer ao autor e também aos
demais colegas, para que não fiquemos aqui tratando isso como uma questão
pontual de demanda, o que não é o meu entendimento. Precisamos fazer um debate
sobre a necessidade desse transporte e como deve ser adequado à Cidade de Porto
Alegre. Mas ele tem que seguir, necessariamente, o Plano Diretor de Ciclovias,
que já foi aprovado.
Espero
que a Casa possa fazer o acompanhamento desse estudo que a SMT e a Secretaria
de Planejamento vão fazer para que, após isso, possamos discutir onde e como
fica, como se operacionaliza a questão das ciclovias. E que não tratemos este
assunto, - no meu ponto de vista -,
importante para a Cidade, de forma pontual, cada Vereador apresentando um
projeto, criando uma ciclovia no seu bairro. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Cyro Martini está com a palavra
para discutir a Pauta.
O SR. CYRO MARTINI: Sr. Presidente e Sr.as e Srs.
Vereadores, traz-me a esta tribuna o propósito de tecer comentários acerca do
Projeto de Lei do Ver. Paulo Brum, que assegura o direito pelo qual pretende,
objetiva, assegurar o direito de prioridade de atendimento em hospitais e
postos de saúde, exceto nos casos de emergência, sediados no Município de Porto
Alegre, às pessoas idosas e aos portadores de deficiência física.
De
plano, percebe-se que há fundamento e há justiça na proposição do Ver. Paulo
Brum. Sem dúvida, aqueles que necessitam um maior cuidado, uma atenção mais
sensível, devem receber essa atenção. Entretanto, também entendo caber uma
certa consideração com relação a essa proposição para que ela não constitua
puro e simples privilégio. Se for apenas privilégio, eu também entendo que não
deva receber uma consideração especial, mais sei que não é esse o propósito,
como também não é esse o fundamento e o princípio que norteiam os funcionários
dos postos de saúde do Município. Pelas informações que tenho, esse atendimento
é dado espontânea e naturalmente às pessoas que têm problemas de ordem física
ou de avançada idade.
Perguntaria,
- já que a preocupação é com relação à sorte da saúde do porto-alegrense ou do
brasileiro em geral, aqui, especificamente, do munícipe -, como vai ficar esse
problema da saúde no Rio Grande do Sul, no Brasil e em Porto Alegre com o corte
que está projetado, já em vias de andamento, acerca dos recursos para a saúde?
Nós temos informações, pelos meios de comunicação em geral, que já divulgaram
plenamente, de que os cortes na saúde serão na ordem de 6%. O Município,
através da palavra autorizada daqueles que representam o Poder Municipal na
área, já deu mostras da sua aflição e da sua angústia com relação a esse corte.
O corte de 6% vai significar menos condições para a prestação de serviços na
área da saúde; vai ser um problema sério. Se hoje já não há as condições ideais
para que se dê o atendimento que o cidadão merece, seja lá de que idade for ou
que condição física tenha ele, com esse corte as condições ficarão em níveis
muito piores.
É
lastimável que o processo de ajuste fiscal encaminhado pelo Sr. Presidente da
República venha nesse sentido de retirar recursos da saúde.
O Ministro ligado a essas
questões da saúde, José Serra, já se manifestou, e se manifestou de um modo
indisciplinado, de certa maneira violenta, contra essas medidas. Se o Ministro,
que faz parte do mesmo partido do Presidente da República, reclama, o que vai
sobrar para aqueles que necessitam de recursos dispostos na saúde, não em
números cortados, mas sim em números aumentados? É lastimável! Também caberia
lastimar, Sr. Presidente, que 12% na educação vai, simplesmente, eliminar a pesquisa
da área universitária e de outros campos do ensino nacional . Quero, mais uma
vez, deixar aqui registrado que o Presidente da República tem que largar de vez
o funcionário público, porque funcionário público nunca foi e não tem vocação
para bode expiatório. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Juarez
Pinheiro): O Ver. José Valdir está com a palavra para discutir a Pauta.
O SR. JOSÉ VALDIR: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, discuto
também o Projeto de autoria do Ver. Paulo Brum, que assegura o direito de
prioridade de atendimento em hospitais e postos de saúde aos idosos com mais de
sessenta anos e aos portadores de deficiência física. Em primeiro lugar, quero
dizer que sou bastante simpático ao Projeto do Vereador, primeiro, porque esse
Projeto estabelece uma coisa que acho extremamente justa, que é a discriminação
positiva, aquele tipo de discriminação que permite o acesso a pessoas que, por
algum motivo, se não for feita essa discriminação positiva, têm o acesso aos
seus direitos extremamente prejudicado ou, até, muitas vezes, são impedidos de
efetivar os direitos garantidos na Constituição e nas leis. Portanto, essa
discriminação positiva se justifica exatamente para democratizar o acesso aos
direitos, por essa razão geral, e também porque o Vereador tomou alguns
cuidados que me parecem importantes: um deles é deixar fora as emergências,
porque, obviamente, em se tratando de emergências, quem tem que julgar é a
autoridade técnica do médico nos estabelecimentos hospitalares, para ver quem
tem prioridade no atendimento.
Na
verdade, esse Projeto vem reforçar duas leis federais:, uma, que é a Lei nº
8842/94, que estipula a política nacional do idoso, que já estabelece como
diretriz geral que os idosos têm direito a essa prioridade no atendimento; a
outra, que é a Lei nº 7.853, que também estabelece essa mesma prioridade em
relação aos portadores de deficiência. Eu quero apontar duas questões em
relação a esse Projeto, que me parece que estão ausentes: uma, é que quando o
Vereador define “portador de deficiência”, ele define só aqueles que têm
dificuldade de locomoção. Estão fora aí os deficientes visuais. Essa é uma
questão que deve ser vista e discutida, ver se inclui ou não e quais as
conseqüências. A outra, é a criança e o adolescente. No Estatuto da Criança e
do Adolescente, Lei nº 8.069, faz exatamente o mesmo que essa Lei em relação à
política nacional do idoso. É uma Lei
bem precisa, estabelecendo prioridade, precedência, e assim por diante,
no atendimento das políticas voltadas à criança e ao adolescente. Talvez porque
essa questão já esteja suficientemente não só amadurecida na Lei, como também
na prática - ela tem os Conselhos Tutelares, que são os zeladores dos direitos
da criança e do adolescente - que o Vereador não tenha feito menção, porque
isso já está muito mais popularizado e, de uma certa forma, garantido em
relação às crianças do que em relação ao idoso e ao portador de deficiência.
Mas
eu quero, também, para finalizar, bater na mesma tecla que bateu o Ver. Cyro Martini.
Vejam como não dá para discutir as questões municipais sem referenciar a
política maior, a política nacional e a política regional. Muitas vezes quando
discutimos, aqui, os pacotes, as iniciativas, a conjuntura nacional, os
Vereadores acham que estamos nos desviando do tema e, que, como Vereadores,
temos que nos ater à nossa paróquia. Mas vejam como essas questões, hoje, estão
interligadas, porque estamos fazendo leis aqui que vão na mesma direção de,
cada vez mais, compromissar os Municípios; de exigir cada vez mais
responsabilidades dos Municípios com o atendimento, principalmente, das
políticas sociais, e, enquanto isso, há uma política nacional que cada vez mais
desobriga a União de alcançar os recursos aos Municípios. E estamos fazendo
leis cobrando as responsabilidades dos Municípios numa conjuntura em que esses
Municípios estão cada vez mais onerados com responsabilidades mas, ao mesmo
tempo, tendo retirados os seus recursos pela política de centralização da
União. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): O Ver. Clovis Ilgenfritz esteve
representando a Presidência desta Casa durante uma solenidade do Estatuto da
Criança e do Adolescente - ECA -, e forneço o Tempo Especial para que ele possa
expor os resultados daquela reunião, nos termos da alínea “f”, § 1º do artigo
94 do Regimento.
O SR. CLOVIS ILGENFRITZ: Sr. Presidente, Srs. Vereadores. Na
condição de 1º Vice-Presidente, tive a honra de representar o Presidente Luiz
Braz no 10º aniversário do Estatuto da
Criança e do Adolescente, e no 8º aniversário do Conselho da Criança e do
Adolescente.
Na
ocasião, foi entregue este documento dirigido ao Sr. Presidente da Câmara
Municipal de Porto Alegre Ver. Luiz Braz, enviando várias sugestões à nossa
Casa, na pessoa do Presidente Luiz Braz, que tive a honra de representar. Traz
o recado das organizações que tratam do assunto do Estatuto da Criança e
Adolescente: Conselho Tutelar, do Conselho, dos seus dirigentes, professores,
sobre questões ligadas ao setor social e, em especial, às crianças. Foi
entregue ao Presidente da Câmara uma carta feita pelas crianças. Já tive
oportunidade de ler, pois veio aberta. Vou ler a todos. (Lê a carta.)
“Porto
Alegre, 06 de novembro de 1998.
Ex.mo Sr. Luiz Braz, DD. Presidente da Câmara
Municipal de Porto Alegre.
Viva
os 10 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente!
Nós,
representando todas as crianças e adolescentes de Porto Alegre queremos lhe
dizer que por causa do ECA nossa vida já começou a melhorar. Nós já sabemos,
quase decor, quais são os nossos direitos e os nossos deveres de pequenos
cidadãos, mas faltam muita coisas ainda para serem feitas, por isso temos um
grande pedido para lhe fazer: que o Senhor cuide muito bem de tudo que é
direito das crianças e adolescentes na Câmara. Que o Senhor lute para aprovar
os projetos que são para o nosso bem. Nós temos muitos problemas que vocês, na
Câmara, podem resolver como a exploração do trabalho infantil, drogas e
violências, péssimas escolas e falta de professores, falta de merenda, falta de
material escolar, falta de vagas nas escolas. Nós vemos, também, muitas
crianças nas ruas.
Sabemos
que os políticos foram eleitos para ajudar o povo, também sabemos que o Senhor
é muito responsável e de valor, que é o Presidente e que pode se interessar por
nós convencendo os outros Vereadores. Nós já temos muitos amigos na Câmara que
gostam de nós, até já conseguimos muita coisa no Orçamento Participativo e do
nosso amigo Dr. Raul Pont. Esperamos o mesmo do Senhor.
Nestes
10 anos do ECA temos muita confiança de que receberemos uma resposta do Senhor.
Esta carta foi elaborada por um grupo de adolescentes. Responda para nós. “
Depois
vem a assinatura de vários adolescentes.
Considero,
Sr. Presidente, que o assunto traz uma questão fundamental para a nossa
sociedade. Tal foi o interesse em fazer a entrega solene na Praça, com algumas
centenas de crianças, que o Prefeito Raul Pont pediu que olhássemos todo o
material, porque as coisas foram feitas com muita autenticidade. Eles não estão
dirigidos para esse ou aquele setor, mas especialmente para a Câmara.
Recebemos,
também, um Relatório com o título: “Prefeito criança gente grande, prestando
contas”. Há também outro Relatório que já estava sendo distribuído e que se
refere às questões da criança e do adolescente. Senti-me honrado por
representar V. Ex.ª e esta Casa. Fiz questão de fazer esta apresentação, porque
creio que todos os Vereadores vão querer conhecer o conteúdo deste Relatório.
Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Esta Casa esteve muito bem representada
por V. Ex.ª, Ver. Clovis Ilgenfritz. Eu agradeço por V. Ex.ª ser o portador das
mensagens das crianças e dos adolescentes para esta Casa. É claro que nós que
somos os Vereadores de Porto Alegre temos uma grande obrigação para com as
crianças e adolescentes, talvez não à altura de todas essas expectativas de
criarmos boas escolas - gostaríamos de ter aqui toda essa força para criar boas
escolas e criar vagas, mas podemos lutar juntos: Poder Executivo, Câmara
Municipal, a fim de chegarmos, quem sabe, a proporcionar uma situação bem
melhor para essas crianças e adolescentes. Agradeço pela representação junto às
crianças que estão protegidas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente.
O SR. ANTONIO HOHLFELDT (Requerimento): Consultadas as Lideranças da Casa e
representantes das diferentes Bancadas, queremos propor que, ao entrarmos na
Ordem do Dia, e visando à limpeza de nossa pauta, fizéssemos o encaminhamento
da seguinte ordem de votação que foi consultada, havendo um acordo com as
diferentes Lideranças: PLL nº 019/98, PLE nº 008/98, PLL nº 075/98, PLL nº
084/98, PLL nº 090/98; PLL nº 115/98; PLL nº 118/98; PLL nº 146/98; PLE nº
015/98; PLE nº 015/97; PLL nº 010/98 e PLL nº 081/98. Foi isso o acertado entre
os diferentes companheiros de Lideranças e representantes de partidos.
O SR. ELÓI GUIMARÃES (Requerimento): Quero fazer um adendo ao Requerimento do
Ver. Antonio Hohlfeldt para que o PLCL nº 012/97 entrasse por último.
O SR. PRESIDENTE: Vou suspender por um minuto a Sessão para
que as Lideranças possam se entender novamente. Estão suspensos os trabalhos.
(Suspendem-se
os trabalhos às 14h49min.)
O SR. PRESIDENTE (às 14h50min): Estão reabertos os trabalhos. Em votação
o Requerimento do Ver. Antonio Hohlfeldt com o adendo do Ver. Elói Guimarães.
Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Solicito
ao Ver. Clovis Ilgenfritz que assuma a Presidência para que eu possa utilizar o
tempo de Presidência.
O SR. PRESIDENTE (Clovis Ilgenfritz): O Ver. Luiz Braz está com a palavra em
Comunicação de Presidência.
O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, desde
outubro do ano passado, temos aqui tramitando em nosso Legislativo o Projeto do
II Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental – II PDDUA. Nós fizemos,
aqui, todos os esforços possíveis para que este Plano Diretor pudesse ganhar
uma tramitação especial. Discutimos entre as diversas Lideranças da Casa uma
forma que desse ao Plano Diretor a possibilidade de uma participação maior de todos
os Vereadores e, também, participação da comunidade. Foi estabelecida uma forma
dentro do nosso Regimento, uma forma especial para que este Plano Diretor
pudesse tramitar. Foi constituída uma Comissão, assim como foi a vontade de
todos os Vereadores desta Casa, depois de várias e várias reuniões, e se
estabeleceu que as discussões preparativas do Projeto do Plano Diretor e que a
ouvida de todas as comunidades interessadas se dariam no seio dessa Comissão.
Mas ninguém pode olvidar que este ano foi um ano especial, não apenas para este
Parlamento, não apenas para esta Câmara de Vereadores.
Eu
duvido que tenha havido um só Parlamento, em todo o Brasil, que não tenha se
envolvido nestas últimas eleições. Não foram só as Assembléias Legislativas,
não foi só o Congresso Nacional, foram as Câmaras de Vereadores, também. Sempre
faço questão de registrar, eu considero esta Câmara de Vereadores o melhor
Parlamento do Brasil. Na nossa Câmara de Vereadores nós tínhamos 18 Vereadores
intervindo nestas últimas eleições. E chegamos a um momento, nas eleições, que
nós tínhamos mais. Nós chegamos a vinte Vereadores intervindo nas eleições.
Ora, nós somos um grupo de trinta e três e é óbvio que muito embora todos os
Vereadores tenham se esforçado para que as Sessões se dessem com o seu
desenrolar normal, alguns setores da Casa sofreram com a participação dos
Vereadores nas eleições. As Comissões da Casa não funcionaram normalmente. E
mesmo os projetos que nós tínhamos para votar, é evidente que nós não votamos
no ritmo que gostaríamos. Mas não aconteceu só nesta Casa, não aconteceu só
neste Legislativo, isto aconteceu em todos os legislativos do Brasil.
Eu
assistia ao programa Jornal do Almoço, no sábado, e o jornalista Lasier Martins
fazia um comentário, e, acredito que até aquele instante o jornalista estava
mal-informado, fazia uma crítica contundente a esta Casa, dizendo que este
Projeto estava na Casa desde outubro e, até agora, não tínhamos conseguido
ouvir as entidades que queriam ser ouvidas, dentro da Comissão, e que, agora,
chegando ao final do ano, queríamos votar o Plano Diretor atropeladamente, sem
que as entidades fossem ouvidas ou sem que os Vereadores conhecessem, na sua
plenitude, o Projeto que tramita.
Ora,
Srs. Vereadores, quem faz uma afirmação desse tipo não conhece esta Câmara e eu
duvido que o jornalista Lasier Martins, nos últimos cento e vinte dias, tenha
entrado nesta Casa para conhecer alguma coisa a respeito do processo
legislativo ou a respeito desta Câmara. O jornalista Lasier Martins fez
comentários simplesmente por ouvir alguém dizer alguma coisa a respeito. E
neste caso foi um mau jornalista, muito embora já o tenha elogiado várias vezes
porque o considero um excelente profissional, mas naquele momento ele se
constituiu em um mau jornalista porque sem ter conhecimento daquilo que
realmente acontecia na Casa, por ouvir dizer, criticou este Legislativo,
deixando todos os Vereadores e este Instituição em uma situação difícil.
Não acredito que um só Vereador deste
Legislativo queira votar o Plano Diretor de maneira atropelada, mas também não
acredito que um só Vereador deste Legislativo não tenha vontade de votar o
Plano Diretor, ouvindo todas as entidades que têm que ser ouvidas e votando da
forma mais rápida, mas não atropelada. Queremos votar o Plano Diretor para que
ele possa ter utilidade para os próximos dez, quinze, vinte anos. Afinal de
contas, este projeto do Plano Diretor, que está aqui na Casa, veio para cá para
moldar a Cidade a partir do ano 2000, a Cidade do próximo milênio. Não podemos votar
isso, Ver. Elói Guimarães, de um momento para outro. É claro que ninguém quer
fazer assim, mas o jornalista Lasier Martins afirmava no programa Jornal do
Almoço que queríamos votar de maneira irresponsável, que queríamos atropelar o
Plano Diretor.
Uma
coisa são as discussões que acontecem dentro de uma Comissão, uma coisa são
discussões que ocorrem entre as diversas Bancadas, entre os Vereadores, outra
coisa é a decisão da Casa. Como é que alguém pode falar que a Casa está
decidida a fazer alguma coisa se o Projeto ainda está dentro da Comissão, se os
Relatores, se o Presidente, o Vice-Presidente ainda discutem uma forma de o
Projeto poder tramitar de uma maneira mais célere, a fim de que possamos votar,
mas não sem ouvir a comunidade, mas não sem ouvir as entidades.
Sei
que tudo foi gerado por causa da última atitude do meu amigo, Presidente da
Comissão Especial, Ver. Nereu D’Ávila, que na semana passada entregou um
ofício, renunciando a sua condição de Presidente daquela Comissão. O Ver. Nereu
D’Ávila endereçou o ofício ao Vice-Presidente da Comissão. V. Ex.as
conhecem o Regimento desta Casa. Ver. Nereu D’Ávila, todos acreditamos, desde o
início, e continuamos a acreditar que tem toda a capacidade, toda a competência
para levar esta Comissão até o final. Vereador, V. Ex.ª sabe que qualquer
Vereador que presida uma Comissão se quiser renunciar, e sei que esta é a
vontade de V. Ex.ª, tinha que endereçar o ofício para o Presidente da Casa. Por
isso, pediria a V. Ex.ª que recolhesse a carta de renúncia, que V.Ex.ª não
desse seqüência a essa carta porque, na verdade, ela não tem validade dentro do
Regimento da Casa.
Vereador
Nereu D’Ávila, Srs. Vereadores e Sr.as Vereadoras, agora vivemos um momento difícil, estamos sofrendo
uma pressão de vários setores da comunidade, inclusive do Sindicato dos
Empregados da Construção Civil, também, pressionando esta Casa de forma
legítima, porque todas as pressões que esta Casa sofre são legítimas. Mas, esta
Casa tem que ter a sobriedade, a segurança, a firmeza para decidir, sob essas
pressões, mas não empurrada por elas.
Não
é hora de abandonar o barco, não é hora de sair desta luta, onde o nosso
objetivo é a Cidade para o ano 2.000, o nosso objetivo é Porto Alegre. Esse não
é só o objetivo do Executivo que mandou para esta Casa o Projeto, mas é o
objetivo maior desta Casa, que é a representação da sociedade porto-alegrense.
Eu
peço ao Ver. Nereu D’Ávila que recolha este documento, por favor, e que
continue na Presidência da Comissão. Eu peço a todos os Vereadores que não desistam
da idéia que tivemos desde o início de votar este Plano em prol da Cidade de
Porto Alegre, tentando pensar a Cidade para que ela possa ser a cidade ideal:
redesenhar a Cidade. Não homologar o Projeto como veio, mas discuti-lo;
ouvirmos as comunidades, ouvirmos todos aqueles que quiserem ser ouvidos e
agirmos como sempre agimos, de uma forma decente, coerente. Votarmos o Projeto
para que possamos dar o melhor Plano Diretor possível para esta Cidade. É isso
que a Cidade espera de todos nós. É isso que ela está esperando há tanto tempo
e não podemos agora, por causa de comentários, fazermos com que esse objetivo
possa ser desvirtuado. Temos que buscar esse objetivo juntos, porque este Plano
não é meu, não é do Executivo, não é da Bancada do PT, nem das outras Bancadas,
este Plano é da Cidade e ele merece o melhor de todos nós, e é isso que vamos
dar.
Eu
pediria que, por favor, cada um dos Srs. Vereadores, a partir deste momento,
continue a fazer aquilo que sempre fizeram, dando o melhor de V. Ex.as
em prol da Cidade, e, principalmente agora, procurarmos votar esse Plano
Diretor, todos nós, unidos, Ver. Nereu D’Ávila, sem deserção, sem ninguém sair.
Porque, afinal da contas, temos divergências, mas as nossas divergências não
significam, de forma nenhuma, que um quer o pior para a Cidade e outro quer o
melhor. Todos nós queremos o melhor para a Cidade; e vamos tratar das nossas
divergências no seio dessa Comissão e no seio desta Casa, porque é assim que
fazem os homens honrados, e todos nós aqui somos seres honrados, e esta Cidade
espera que possamos fazer esse trabalho que vamos concluir, se Deus quiser.
Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): O Ver. Antonio Hohlfeldt está com a
palavra para uma Comunicação de Líder, pelo PSDB.
O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, eu
pretendia usar o tempo de liderança de hoje para registrar e parabenizar a
Secretaria Municipal dos Transportes pela concretização de um projeto de muitos
anos: o Terminal da Travessa do Carmo com a implantação das linhas circulares
gratuitas para aqueles cidadãos que deixarem seus veículos naquele local. Mas
diante do tema que estamos enfrentando desde sexta-feira de tarde em torno do
II Plano Diretor e diante da manifestação do Presidente da Casa, como membro
que sou dessa Comissão e como Vereador que, ao longo dos anos, tem acompanhado
as questões em torno do Plano Diretor e se preocupa com esse problema, não
quero, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, deixar de me manifestar sobre o assunto.
Em
primeiro lugar quero lembrar que, independente da posição de mérito que se
tenha sobre o projeto ou sobre partes do projeto, esta liderança e creio que,
de um modo geral, todos os Vereadores da Casa, muito especialmente aqueles
Vereadores que integram a Comissão, têm procurado colaborar, no sentido de dar
o andamento necessário ao Projeto. No entanto, há regras, algumas que tinham
que ser definidas, outras que tinham de ser regulamentadas, isso se fez, com
cuidado, ao longo desse tempo. Ninguém ignora que existem muitos interesses em
jogo em torno de um plano diretor. Ninguém ignora que conseqüências
extremamente sérias advêm de um projeto desse tipo. Portanto, combinar as
regras do jogo, antes do jogo, é fundamental para que não se tenham queixas, ou
não se diga que, ao longo do jogo, improvisamos alguma coisa. Acho que esse
cuidado não foi uma perda de tempo, ao contrário foi uma responsabilidade que
se fez necessária, ou seja, demoramos um pouco mais na tramitação do Projeto,
mas garantimos a nossa chegada, lá no final do trajeto, sem maiores traumas.
Pressões sobre esta Casa nós já vivemos muitas. Já vivemos de entidades
particulares, já vivemos do Executivo, de diferentes ocupantes do Executivo,
para quem, como eu, que já tem dezesseis anos de Casa - não sou o mais antigo,
aqui, com toda a certeza - sabemos que essas pressões são legítimas. Cabe à
Casa, no seu equilíbrio de forças, na sua disputa cotidiana ir vencendo cada
uma dessas etapas. Foi isso, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, que em nossa participação,
ao longo desses meses, procuramos fazer. Inclusive, no encaminhamento das
últimas etapas desse cronograma que elaboramos.
Queremos
dizer que entendemos que a saída do Ver. Nereu D’Ávila da Presidência vai ser
um episódio não apenas traumatizante para a Casa, quanto, absolutamente
desnecessário. Poderemos ter, eventuais, disputas, e não me incluo entre esses, mas acho que as disputas nós temos
que resolver no dia-a-dia, nas votações, em cada episódio que se vai
ultrapassando. Termos, hoje, a interrupção de um processo, tendo que decidir
sobre quem vai continuar na Presidência, porque, afinal de contas, o Vereador
Pujol, que é o nosso Vice-Presidente, vai assumir provisoriamente. Não temos
definição se ele permanecerá. No caso, portanto, teríamos que eleger um vice,
ou, ao contrário, vamos eleger um novo presidente. Tanto num como em outro
caso, nós teremos um vazio a ser
imediatamente preenchido.
Num
ou no outro caso nós estaremos atrapalhando o processo que, de um modo geral,
todo nós temos preocupação de fazer com que ande. Fazer com que ande, dentro de
um ritmo que nos permita cumprir os objetivos traçados. Sou publicamente um
daqueles que não se nega a votar o Projeto. Que não se nega a examinar a
matéria, mesmo que, quanto ao mérito, me oponha cabalmente a ela.
Particularmente, entendo que este Projeto teria que ser pura e simplesmente
rejeitado, mas isso não tem nada a ver com me negar a examinar a matéria. E
mais, no pressuposto de que a matéria, no seu todo, venha a ser aprovada, que se
façam as Emendas necessárias para viabilizar um determinado encaminhamento.
Sr.
Presidente e Srs. Vereadores, da minha parte, e creio que posso falar em nome
dos meus companheiros de Bancada, há confiança absoluta no trabalho do Ver.
Nereu D’Ávila, até porque o Presidente não trabalha sozinho, todos os 17
Vereadores assessoram o
Vereador-Presidente no dia-a-dia. Por outro lado, Sr. Presidente, sugiro a V.
Ex.ª que nos ajude a encaminhar essa questão, quem sabe participando de uma
próxima reunião da Comissão, apelando no sentido de que diferentes posições
possam ter mediações e que venhamos a contar, ainda uma vez na Presidência, com
o Ver. Nereu D’Ávila. Particularmente acho que o seu desempenho tem sido
correto. As pressões internas, na Comissão, fazem parte do jogo político. Se
fizermos modificações neste momento, além de perdermos um Vereador que conhece
o assunto, que tem experiência na Casa,
também atrasaremos o processo.
Ratifico
a minha confiança no desempenho do Ver. Nereu D’Ávila, independente das
posições que venhamos a ter, coincidentes ou não com S. Ex.ª. Mas as diferenças ou coincidências, elas serão
sempre resolvidas única e exclusivamente no âmbito da Comissão, sem
prejudicarmos o trabalho, estabelecendo ritmos; eu e o Ver. Lauro Hagemann temo-nos
preocupado em estabelecer ritmos, em cada etapa vencida, discutindo ritmos e
vendo como nós vamos enfrentar cada questão. É essa, Sr. Presidente, a
manifestação da Liderança do PSDB. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Lauro Hagemann está com a palavra
em Comunicação de Líder.
O SR. LAURO HAGEMANN: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, neste
fim de semana que passou esteve reunido aqui em Porto Alegre o Diretório
Regional do PPS. Nós tínhamos sido convocados para reformular a Executiva do
Partido. Eu quero comunicar à Casa que fui escolhido para Presidir a Executiva
Regional do PPS. (Palmas.)
Isso
não requer aplausos - por mais que eu possa agradecê-los -, por mais que eu
possa desempenhar aquela Presidência. Eu não fui eleito porque me escolheram.
Eu pedi para ser escolhido e o fui, porque me atribuo a tarefa de recompor, na
medida das minhas possibilidades e junto com os companheiros dos partidos de
esquerda, aquilo que se denomina uma nova força política que, a partir de
janeiro, vai dirigir este Estado. O PPS tem, sim, divergências com alguns
partidos dessa Frente Popular, mas nós nos incorporamos a ela, no segundo
turno, e queremos honrar esse compromisso.
Nós
temos a responsabilidade de apoiar criticamente o governo de Olívio Dutra.
Temos noção da nossa responsabilidade e do que isso significa para o conjunto
da sociedade. E nesse sentido é que nós não nos furtaremos dessa colaboração.
Hoje mesmo temos um encontro solicitado pelo candidato eleito, Olívio Dutra, com
a representação do PPS para encaminharmos a questão da transição e do novo
Governo. O PPS não reivindica nenhum cargo no novo Governo, mas também não vai
se eximir da responsabilidade se vier a ser convocado e instado a participar
dele; são duas questões diferentes.
Eu
fui alvo, no sábado, de muitas críticas de meus companheiros de Partido por não
ter participado ativamente da última campanha eleitoral. Toda a Cidade, todo o
Estado sabe que eu fui contra a candidatura própria do PPS ao Governo do
Estado. Os companheiros que pensavam contrariamente, que encaminharam essa
decisão acham, por sua vez, que o Partido saiu fortalecido. Não é a minha
opinião. Mas agora estou preocupado em alinhar o PPS, daqui para diante, numa
nova situação. A construção de um novo pólo de governo. E, por favor, entendam,
Srs. Vereadores, e quem me ouvir ou me ler, que eu não confundo Governo com
Poder. O Poder não mudou de mãos, o Governo mudou temporariamente de mãos. E é
isso que temos que construir. Essa dicotomia governo-poder, nós temos que
entender com muita clareza para não cometermos equívocos que possam nos levar a
um desastre, ali adiante. Temos que ser hábeis na condução desse processo.
Alguns
dos meus companheiros, como por exemplo, o Presidente Nacional do PPS, Senador Roberto
Freire, entende que devemos tentar percorrer uma terceira via. Não há
possibilidade dessa terceira via aqui no Estado. Aqui ou nós nos alinhamos com
a Direita ou ficamos no campo da Esquerda. O que nós temos que perquirir e
tentar construir é uma alternativa de Esquerda para esse Rio Grande que está
incrustado no olho do furacão do MERCOSUL. Nós temos que ter, sim, a
possibilidade de olhar mais adiante e endereçar para o restante do País aquilo
que nós fizermos aqui no Estado. Esta é a nossa tarefa, de mostrarmos com ações
concretas no Governo Estadual aquilo que pode ser feito e que deve ser feito
para que o restante do País possa percorrer esse mesmo caminho.
A
eleição presidencial, principalmente, deu sinais evidentes, aos atuais
detentores do Governo neste País, de que alguma coisa está mudando e terá que
ser mudada. Agora, a direção a ser imprimida a essa mudança é que nós temos que
descobrir, porque há algumas coisas que não estão certas, nem com aquilo que se
propõe. Há alguns esgotamentos já visíveis no horizonte e que se manifestaram
na eleição presidencial. Há recados muito bem dados. Finalmente, para o
companheiro Nereu D’Ávila, eu queria repetir um velho ditado gauchesco: “Não se
muda de cavalo no meio do banhado.” Portanto acho que ele deve prosseguir na
Presidência da Comissão do Plano Diretor. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Para uma Comunicação de Líder, pelo PT,
tem a palavra o Ver. Clovis Ilgenfritz.
O SR. CLOVIS ILGENFRITZ: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, o
assunto é deveras importante, grave e assim deve ser tratado. Considero que em
nome da Bancada do Partido dos Trabalhadores, por solicitação das Lideranças, e
na condição de membro da Comissão Especial do II Plano Diretor de
Desenvolvimento Urbano e Ambiental, que o Presidente Luiz Braz desempenhou a
sua posição de Presidente no sentido de que as coisas voltem ao caminho normal.
Parafraseando o Ver. Lauro Hagemann, que diz que “não se muda de cavalo no meio
do banhado”, quero dizer ao Ver. Nereu D’Ávila que ele se considere “tão firme
como palanque em banhado”, que sacode mas não cai, “é cerne de guajuvira que
não apodrece”. Mas essa é uma decisão pessoal sua e que nós iremos respeitar,
uma vez que a Comissão tem 17 membros e ele foi honrado com a Presidência da
Comissão, assim como outros Vereadores desempenham cargos, como o Ver.
Reginaldo Pujol, Vice-Presidente, Ver. Lauro Hagemann, Relator-Geral, Ver.
Hélio Corbellini, Ver.ª Sônia Santos, e Ver. João Motta, como Relatores das
três Comissões formadas.
Queremos
dizer que em setembro de 1996 o Projeto do II Plano Diretor chegou a esta Casa.
A Câmara trabalhou com toda qualidade e com absoluta condição de
acompanhamento. Mesmo que o Plano esteja sendo discutido aqui, objetivamente,
apenas neste ano, ele foi discutido nesta Casa por muitos meses, antes mesmo de
chegar pela última vez. Em setembro de 1996 ele chegou a esta Casa. A nossa
Comissão Técnica, altamente qualificada, fez uma série de sugestões, em março
de 1997 a Prefeitura retirou o Plano, através do Secretário Newton Burmeister,
do Prefeito Raul Pont, entendendo que de fato havia necessidade de correções,
aceitando este desafio, que o remeteu de volta em outubro de 1997, com as novas
condições e incluindo várias sugestões colocadas pela nossa Comissão Técnica.
Em 1998, a partir de outubro de 1997 e, em especial, de março de 1998 para cá,
a Comissão Especial está trabalhando nesse Plano. E nós entendemos que está
trabalhando como deveria trabalhar, com os cuidados necessários, com a responsabilidade
que a nossa Casa tem, com relação a esse Projeto, que, depois da Lei Orgânica,
é o mais importante para o Município. E é isso que está sendo feito. Nós
entendemos que pequenas contrariedades, algumas discordâncias, e eu diria quase
invisíveis, no seio da Comissão, principalmente no processo de aprovação do
Plano, de como faríamos para tentar aprová-lo neste ano. E houve consenso entre
os Vereadores que são da Comissão - eu não vou citar nomes para não esquecer
algum - que estão aqui presentes.
Houve
um consenso na Comissão, praticamente um acerto, de que faríamos um esforço
como meta de todas as Comissões, de todos os representantes, de todos os
partidos para aprovar esse Plano ainda na Legislatura de 1998. Por quê? Porque
nós já temos condições para assim o fazer. Nós estamos muito bem assessorados
por uma Comissão Técnica, porque nós temos, nas bancadas, outras assessorias, e
temos também assessorias do próprio Executivo, que se dispõe a esclarecer e a
trazer novas questões, além do que a oitiva com as entidades tem nos trazido a
certeza de que os pontos em que nós estávamos propondo alguma modificação são
aqueles que estão nas oitivas.
Então,
não entendemos pertinente e consideramos,
sim, açodada a posição do
Vereador Presidente, Nereu D’Ávila, ao pedir exoneração. Não é válido que neste
momento nós tenhamos esse tipo de impasse. Eu considero que a Comissão tem que
se reunir e conversar com o Presidente Nereu D’Ávila, e se ele continuar com
essa posição irrevogável temos que eleger outro presidente e aprovar esse Plano
antes do fim da gestão da Legislatura deste ano. É possível. E o trabalho do
Presidente Nereu é muito importante. Ele precisa compreender que nós não
podemos fazer um debate com 17 pessoas, onde não haja, aqui ou ali, alguma discordância.
Agora,
houve um consenso, foi estabelecido um critério pela própria Comissão, por
unanimidade, e, sem que a gente possa
entender direito, são muitas as razões que o Presidente alega, o que, no nosso
entender, são um tanto quanto subjetivas, mas, mesmo assim, com o maior
respeito, solicitamos que ele permaneça à Comissão, permaneça na Presidência, e
que nós tenhamos condições de aprovar esse Plano agora, neste ano, sem prejuízo
da qualidade do trabalho desenvolvido. Todos estão imbuídos dessa mesma
intenção. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Hélio Corbellini está com a
palavra em Comunicação de Líder, pelo PSB.
O SR. HÉLIO CORBELLINI: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, o PSB
não podia se furtar de dar a sua opinião e posição acerca da polêmica que
envolveu esta Casa neste final de semana nos órgãos de imprensa, ou seja, a
respeito do II Plano Diretor. Como todos aqui disseram o Plano Diretor é a
cidade que nós queremos e, Sr. Presidente, não há dúvida nenhuma que, em
respondendo esta pergunta, nós vamos ter grandes polêmicas nesta Casa, porque
os partidos, por sua cultura, por sua visão, sua ideologia, têm visão diferente
do que seja a cidade que nós queremos. Isso é bom e salutar e é por isso que
esse Plano vem ao Parlamento para que o Parlamento defina de forma democrática
a contemplação de todos os interesses não só que tem aqui dentro da Casa, mas
também na sociedade.
Discute-se
se a discussão do Plano está no nível que permita a votação ou não. A discussão
do Plano, Sr. Presidente, acontece em vários patamares: no cotidiano, quando
aqui estamos aprovando leis que ferem ou interferem no Plano atual. A discussão
do Plano acontece nas polêmicas da sociedade, quando os conflitos de interesses
acontecem e, este Vereador e esse Partido acham que estamos absolutamente
maduros para que se vote o Plano. A questão da nossa crise é quando votaremos o
Plano. Particularmente, o PSB acha que há condições objetivas, já que todas as
questões regimentais estão garantidas para que nós venhamos a aprovar o Plano
ainda este ano, garantindo todos os passos que a Comissão dos dezessete
Vereadores se propôs. Há duas divergências, no nosso entender, na Comissão ou
nesta Casa: uma é surda, é aquela, pelo menos é o que se comenta nos corredores,
que diz que têm companheiros que não querem votar este ano; mas a outra, e é a
que eu prefiro, diz que todos os partidos e Vereadores querem fazer um esforço
máximo para que o Plano Diretor seja aprovado este ano, esta é uma divergência
que penso estar superada. A outra divergência é pequena e pode ser resolvida no
seio da comissão: é que se nós, com as oitivas que faltam, vamos contemplar
todos os segmentos da sociedade que ainda precisam e têm necessidade de que
sejam ouvidos através destas.
É
impressão desse Vereador que é Relator de um dos capítulos é de que essa
divergência é muito pequena para criarmos uma grande celeuma. É absolutamente
possível fazermos todas as oitivas e contemplarmos, ainda, as entidades que são
importantes para se pronunciarem e que fazem questão de vir aqui. Então, acho
que nas próximas reuniões da Comissão essa questão, que é meramente formal ou
administrativa, pode ser superada. Diante disso, vem o PSB a público também
solicitar ao Ver. Nereu D’Ávila que volte, que modifique a sua posição. Isso é
próprio dos grandes homens, e assim nós vemos a postura do Ver. Nereu de que
retorne à Presidência da Comissão, e que a Comissão, em cima de todos os
princípios que aqui foram colocados, continue o seu trabalho no esforço máximo
de aprovar o Plano Diretor. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Presente, em nosso Plenário, o Ver.
Nilton Celso Silveira, Presidente do PDT de Terra de Areia/RS, muito nos honra
com sua presença em nossa Câmara de Vereadores.
O
Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, antes de
mais nada, a minha saudação ao Presidente do PDT em Terra de Areia, que nos
honra com sua presença nesta tarde, o que é motivo de satisfação, não só para
os seus companheiros do PDT, mas para todos aqueles que têm o privilégio que eu
tenho de conhecê-lo e saber da sua condição de homem digno e de grande líder
comunitário de Itati e de Terra de Areia.
O
assunto por que a Casa se empolga no dia de hoje diz respeito aos
desdobramentos dos trabalhos da Comissão Especial que examina o II Plano
Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental da Cidade de Porto Alegre. Os
vários pronunciamentos que já ocorreram dispensam-nos de nos alongarmos em
algumas considerações. Já está plenamente caracterizada a nossa condição de
vice-presidente dessa comissão e eventual substituto do Ver. Nereu D’Ávila.
Esperamos não exercitar a Vice-Presidência na plenitude, porque comungamos com
aqueles que entendem que o Ver. Nereu D’Ávila deve continuar presidindo a
Comissão, de forma adequada, como vem fazendo até o presente momento.
Devo
informar à Casa que, transitoriamente na posição, eu estou convocando a
Comissão para uma reunião reservada, isto é, interna, a realizar-se amanhã, às
9 horas da manhã, conforme entendimento que tivemos com a Presidência da Casa,
que tem o maior interesse em ver deslindada essa questão e que nos solicitou
que, na primeira hora do dia de amanhã providenciássemos nesta reunião para
que, ainda na parte da manhã, tivéssemos equacionado este problema.
Então,
amanhã, às 9 horas da manhã, no Salão Nobre da Presidência esta reunião irá ser
desenvolvida, e seu objeto é expresso na ordem do dia que é dar conhecimento à
Comissão do teor da correspondência a mim dirigida pelo Ver. Nereu D’Ávila,
sobre ela deliberar, e tratar de outros assuntos internos que precisam ser
tratados.
Estamos
tratando de um grande Projeto que, longe de concluir-se, está praticamente se
iniciando, temos informação segura, é muito relevante que a Casa se aperceba
dessas circunstâncias, de que estão sendo elaboradas emendas retificativas pelo
próprio Poder Executivo, que mexe, muda de enfoque várias das disposições
contidas no Plano Diretor. E essas emendas retificativas são decorrência do
trabalho realizado por essa Comissão, de sugestões trazidas por várias
entidades que já se fizeram ouvir, que deram essa oportunidade, que provocaram
essa manifestação do Executivo, a qual deve ser confirmada, brevemente, com toda
a segurança, na medida em que as informações que nos chegam, ainda que não
oficiais, são oficiosas, de alterações em inúmeros artigos do Plano Diretor o
que poderá ensejar mudança da forma de exame do projeto que vem sendo
desdobrado até o presente momento, face a uma realidade que irá ser modificada
por essa emenda retificativa.
Então,
esse Projeto do Plano Diretor, de tão grande seriedade, de tamanha atualidade,
por tanto tempo aguardado na Casa, deve merecer, como efetivamente está
merecendo de nós, toda a atenção que nós lhe dedicamos e que não haveremos de
faltar, sejam quais forem as circunstâncias.
Não
estou falando de forma oblíqua, estou querendo dizer, com toda a clareza, que
entendo, me perfilo, me somo a todos aqueles que entendem que a decisão
anunciada pelo Ver. Nereu D’Ávila, hoje pública, porque colocada nos veículos
de informação dessa Cidade e desse Estado, não deva ser mantida, não obstante
ser esse o meu desejo, não tenho dúvida de que se a responsabilidade tiver que
cair sobre os nossos ombros, dela não haveremos de fugir. Haveremos de
enfrentá-la com seriedade, com tranqüilidade e, sobretudo, com espírito público
que caracteriza a ação de todos os Vereadores desta Casa, especialmente no
trato dessa matéria tão importante.
Por
isso, Sr. Presidente, quero reafirmar a convocação que está sendo realizada
nesta hora, para que todos os integrantes da Comissão estejam presentes,
amanhã, no Salão Nobre da Presidência, para que nós enfrentemos esse impasse e
o faremos com o máximo de sabedoria e serenidade. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Fernando Záchia está com a
palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. FERNANDO ZÁCHIA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, sobre
a discussão do Plano Diretor, devemos ter o cuidado de separar as coisas para
que o bom andamento desta Casa não seja atingido no seu conceito. É importante
para Casa a discussão desta matéria, pelo que representa para a Cidade de Porto
Alegre. Nós não podemos passar para a opinião pública que esta Casa, de uma
maneira ou outra, está tentando obstruir o já tão longo processo de discussão
do projeto. É um processo que passou em discussão no Executivo Municipal e
durante todo este ano fez parte da atividade normal desta Casa. Mesmo
tratando-se de um ano eleitoral, com muitas dificuldades, fizemos essas
discussões, ouvimos algumas entidades, talvez até não dentro do ritmo normal
que se esperaria num ano normal. Dentro dessas dificuldades, dentro desse
quadro, a Casa tem trabalhado e aqui o que mais tem-se dito é: “se queremos
votar até o final do ano ou não queremos votar até o final do ano”.
A
Bancada do PMDB tem uma posição muito clara e quer, o quanto antes possível,
ver essa discussão findada. O PMDB tem participado ao longo da tramitação do
processo nesta Casa, tem participado dessa discussão. O PMDB concorda e entende
a importância que isso tem para o futuro da nossa Cidade. E eu fui, como
representante do PMDB na Comissão Especial do II Plano Diretor, dizer que
entendia que deveríamos fazer um esforço muito grande para votarmos até o final
do ano, mas não dizia com isso que seria uma condição de estipularmos esse
cronograma, nós não poderíamos atropelar um processo natural, um processo de
discussão. E o Ver. Nereu D’Ávila dizia que ainda faltavam vinte e uma
entidades a serem ouvidas e deveríamos, evidentemente, ouvir todas as
entidades. Havia um movimento de tentarmos fazer um condensamento dessas
entidades, de darmos condições para que houvesse reuniões duas ou três vezes
por semana, para que pudéssemos dar condições de ser votado até o final do ano.
Esse era o objetivo da Comissão, e me parece que esse é o objetivo desta Casa.
Ora, se vamos poder votar até o final do ano, que bom, agora, se não tivermos
tempo hábil de votar, só vamos poder constatar isso no decorrer desse processo.
Entendo
que esse processo, Ver. Clovis, deva ser acelerado, não empurrado, não
extrapolado, não forçado. Este era o convencimento da Comissão: que nos
reuníssemos duas ou três vezes por semana. Ora, se daqui a um mês constatarmos
que há tempo insuficiente para que possamos votar este ano, que bom, fizemos a
nossa parte, Ver. Dib, somos Vereadores de Porto Alegre para enfrentarmos os
problemas. Agora, vamos trabalhar, e isso o Ver. Nereu D’Ávila tem feito muito
bem durante as reuniões dessa Comissão. O Ver. Nereu D’Ávila, vamos fazer
justiça, foi candidato, como este Vereador, a Deputado Estadual, e nunca o Ver.
Nereu D’Ávila deixou de comparecer às reuniões, que este Vereador algumas vezes
faltou. O Ver. Nereu D’Ávila talvez até prejudicou a sua campanha eleitoral em
benefício de um compromisso assumido com esta Casa em presidir essa Comissão.
Então,
vamos dar continuidade a esse trabalho, vamos colocar como meta, como objetivo,
votarmos até o dia 15 de dezembro, ou podemos até entrar no mês de dezembro.
Agora, se mais adiante chegarmos à conclusão de que o tempo é insuficiente, que
o aceleramento do processo é muito grande e está fazendo com que votemos de
maneira equivocada, este Vereador será o primeiro a pedir que cessem os
trabalhos para que possamos, com mais calma, com mais tranqüilidade, ter um
entendimento maior dessa matéria, para que não cometamos um erro que possa
prejudicar o futuro desta Cidade. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Nereu D’Ávila está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR. NEREU D’ÁVILA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, quero
dizer com a maior tranqüilidade, após ter passado um fim de semana meditando,
que fui levado a essa atitude por motivos que passarei a expor. Na nota em que
dei as razões da minha renúncia à honrosa posição de Presidente da Comissão
Especial que estuda o II Plano Diretor
de Desenvolvimento Urbano e Ambiental da Cidade de Porto Alegre, nas razões que
expendi, e que foram amplamente publicizadas - pedi que a nota fosse
distribuída a todos os Vereadores da Comissão, no mínimo - não ataquei ninguém,
não responsabilizei ninguém, mas, simplesmente, me achei no direito de,
discordando da maioria da própria Comissão, duvidar de que poderia dar certo
aquele cronograma que eu acho, realmente, muito pesado para cumprir, pois em
quase três meses só ouvimos onze das trinta e duas entidades!
O
meu raciocínio é lógico, não é metafísico, não é fantasioso. Inclusive, fiquei
magoado, porque de uma maneira extemporânea me foi levado, já assinado, um
calendário. Nunca houve isso antes, de os Vereadores assinarem um calendário e
mandarem entregar pela Secretária da Comissão! Sempre houve um diálogo! Como
houve uma reunião, antes, aqui no
Plenário Glênio Peres, pelos cinqüenta anos da PUC, e tive que sair
antes, os relatores ficaram de estabelecer o calendário, mas eu imaginava - e
sempre foi assim - que os relatores, logo após a reunião da PUC, ou no outro
dia, me procurariam para conformarmos, para fecharmos, para atarmos aquele
pacote. Não! Surpreendentemente, me foi enviado o documento.
Então,
realmente - eu entendi assim, e se errei, todos têm esse direito - a Comissão,
tendo um pensamento, que respeito, discordou do Presidente, e o Presidente, com
a atitude que tomou, pensou no futuro da Cidade, porque se não der certo aquilo
que está proposto e tivermos que invadir o ano que vem, não vejo prejuízo para
a Cidade. Pelo contrário, faltam, ainda, entidades do porte do CREA, o Conselho
Regional de Engenharia, que, tecnicamente, e os próprios engenheiros, têm noção
real do que pode acontecer. Também falta a UAMPA, que quer depor e que
representa as associações, a raiz da sociedade porto-alegrense. No documento
que me foi proposto, violentava-se, inclusive, o Regimento interno, que
este Plenário votou, que não foi eu que
inventei, não foram os dezessete membros da Comissão, onde diz que o tempo para
o depoente é de até trinta minutos, e nesse documento esse tempo foi reduzido.
Além do documento assinado e mais a violência em cima de coisas que podem
parecer pequenas, mas não são, achei que o diálogo que nós queríamos com a
sociedade, era necessário. O Ver. Clovis Ilgenfritz, quando Presidente, no ano
anterior, começou a oitiva em alguns bairros, e o seu trabalho foi interrompido
porque teve que entregar a Presidência. Este Presidente assim também o
desejava, e assim foi feito na Tristeza, quem foi lá viu que a comunidade
participou, dialogou, tanto que de lá saiu uma emenda importantíssima para o
perfil do Plano, que é ouvir a Associação do Bairro no caso de instalação, no
bairro, de danceterias, boates, serralherias. Vejam a importância da oitiva da
sociedade, que é o discurso do próprio Partido dos Trabalhadores.
Este
Presidente queria que, no mínimo, oito ou dez vezes a Comissão do Plano fosse
dialogar com as entidades; se não fosse possível, tudo bem. Agora, querer-se
ouvir vinte e uma entidades em quatro Sessões, uma média de cinco ou seis
entidades por Sessão, este Vereador discordou respeitosamente dessa proposição
da Comissão. A responsabilidade do Presidente desta Comissão é muito grande.
Este I Plano Diretor já existe há dezenove anos; este outro vai durar também
uns vinte anos. E, e aí pelos anos 2005, 2010, se erros muito grandes forem
cometidos por esta Câmara, hão de dizer que o Presidente não fez nada na época,
não reagiu, não disse que tinha que ampliar a oitiva da sociedade.
A
Ver.ª Maria do Rosário disse algo que também me magoou, num debate, há pouco,
numa rádio: que foi uma atitude individualista, que eu estava pensando só em
mim. Vereadora Maria do Rosário, não repita isso, eu passei uma noite em claro,
de quinta-feira para sexta-feira, para tomar essa decisão, porque eu não sou um
Jânio Quadros, um irresponsável, que renuncia, deixando todos a ver navios. A
história mudou com um gesto descabido, emocional, inconforme com a postura que
deve ter alguém que foi ungido pela confiança da maioria da população. Essa não
foi a minha postura dentro da Comissão composta de dezessete membros para a qual
eu, honrosamente, fui destacado para Presidente. Não sou desses gestos de
emocionalidade, mas, dentro de uma dimensão contingenciada, posso ter o direito
de errar, e, no caso, foi uma atitude em que eu coloquei uma situação de baixar
a poeira para que nós, agora, com as cabeças frias, possamos ver realmente se
dá para votar este ano. Continuo convencido de que vai ser muito difícil sem
prejuízo para o Plano, que não é desta Casa, não é dos trinta e três
Vereadores, nem dos dezessete membros da Comissão, mas que é feito para a
população da Cidade.
Quem
de nós, aqui, com a consciência tranqüila responde, por exemplo, sobre o caso
do rural-urbano, em transformar os hectares da zona rural de Porto Alegre, que
é a única Cidade que tem um sindicato rural dentre as capitais do Brasil,
certamente porque tem importância rural, em zona urbana, têm a noção completa e
absoluta de que é uma tomada correta de posição essa transformação? Eu não
tenho essa noção. Então é por isso que temos de amadurecer. Foi em nome disso
que achei que não tínhamos tempo para esse amadurecimento até quinze de
dezembro. Não foi por nossa culpa, mas por culpa das eleições, pois ninguém
previa o segundo turno, e agora, ainda, temos de votar o Orçamento até trinta
de novembro. As contingências levaram-nos a isso.
Por
isso que eu, se não podia, de uma maneira convincente, por falta, talvez, de
força política, mudar o calendário, preferi dizer que se não tenho essas
condições e não concordo com o que está ocorrendo, dou o lugar para outro, que
talvez tenha melhores condições, mais capacidade de aglutinação e, se depois
não der certo, a culpa não foi minha. Então, foi por prevenção, por
responsabilidade e jamais por desconsideração ou irresponsabilidade que tomei
esta atitude, mesmo não querendo e sofrendo muito. Portanto, espero que nós, de
cabeça fria, deixando um pouco de lado as nossas convicções, possamos negociar,
mas se não for possível, manterei a minha posição, agradecendo a grande
confiança que os Senhores depositaram em mim. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. João Dib está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. JOÃO DIB: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, certa
feita fiz uma palestra e me deram de presente um livro. Li. Achei-o interessante
e não consigo lembrar o seu nome. Mas uma coisa eu não esqueci daquele livro,
uma frase que dizia: “Ele não sabia que
era impossível, foi lá e fez.”
Quando
em 26 de setembro de 1996, o Prefeito Tarso Fernando Genro trouxe à Casa - eu
digo eleitoralmente - uma cópia do II Plano Diretor para análise, eu disse que
era impossível analisá-lo naquele ano. Eram os anos de experiência que me
diziam da impossibilidade de fazer a análise do Plano naquele momento. Mas no
início deste ano, 1998, como faço todos os anos, mandei uma correspondência
para os meus amigos. Usei o “slogan”: “98, o ano do Plano Diretor”. Eu não
penso que seja impossível ser votado em 1998. O que eu não posso admitir é que
se coloquem dificuldades tais que ele não possa ser ou já tenha passado a ser
impossível. Não, ele pode ser votado. Eu desejo que ele seja votado. É bom para
a Cidade. Esta Cidade tem uma história toda de Plano Diretor na frente de todas
as capitais brasileiras. Nós temos uma equipe de técnicos da mais alta
competência e responsabilidade, e eu não vejo por que não possa ser votado.
Pode ocorrer que nós encontremos impasses no caminho, mas nós precisamos
começar com mais entusiasmo e vigor. A renúncia do Ver. Nereu D’Ávila pode ser
reconsiderada, mas o que não pode deixar de acontecer é que os 17 Vereadores
continuem trabalhando. Os Relatores disseram que podem. Esse seria um obstáculo
bastante grande se dissessem que não seriam capazes de fazer, mas os Relatores
disseram que podem e, se eles disseram isso, nós não temos mais nada a fazer
senão começar as reuniões, ouvir quanto mais entidades seja possível, porque já
ouvimos muitas também.
Nós
recebemos críticas porque não decidimos, ainda. O II Plano Diretor, é essencial
à vida da cidade, e ela está um pouco parada por sua falta, pela falta de
decisão. Nós temos, é claro, um Plano Diretor em vigor, que não foi cuidado
como deveria, porque, se ele tivesse sido cuidado, nós não teríamos agora
problemas de análise de Plano Diretor, pois lá estava dito que a cada 2 e 5
anos nós faríamos revisão e reavaliação, e isso não foi feito. A Administração
da Prefeitura está aí há 10 anos, e agora nós estamos sendo pressionados para
que se decida o II Plano Diretor, mas durante esses 10 anos nós não vimos
acontecer aquilo que deveria: revisão e reavaliação.
Eu
já disse algum dia desta Tribuna que poderiam dizer que eu, Prefeito, não fiz.
Eu fiz algumas alterações no Plano Diretor, sim, mas eu entrei na Prefeitura em
1983, quando ele ainda não tinha quatro anos. Então, eu não tenho por que me penitenciar
de não ter feito mais profundas revisões e reavaliações. Agora, o novo Plano
pretende que se faça revisão e reavaliação. Vamos fazer um bom Plano Diretor,
não de 10 ou 20 anos, como disse um dos Vereadores, mas para todo o sempre, que
ele se altere na medida das necessidades e desenvolvimento da cidade, e isso eu
tenho absoluta convicção de que não é impossível, e por saber que não é
impossível, eu acho mais fácil que se faça.
Portanto,
vamos todos trabalhar com entusiasmo: Ver. Nereu D’Ávila e os outros 16
integrantes da Comissão, trabalhar e fazer esse Plano Diretor, para a
satisfação da comunidade porto-alegrense que anseia por ele. Saúde e paz! Muito
obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. 1º SECRETÁRIO: Apregoamos o PLL nº 161/98 - Proc. nº
3162/98, de autoria do Ver. Isaac Ainhorn.
O SR. JOÃO DIB (Questão de Ordem): Sr. Presidente, eu tenho reclamado
reiteradas vezes, da tribuna, sobre o excesso de cartas-contrato por parte do
Município. Dia 05, 27 cartas-contrato; dia 06, 12 cartas-contrato, sendo que,
dia 05, de um Assessor Jurídico. Eu tenho um Requerimento encaminhado a V. Ex.ª
no dia 09 de outubro, para que a Comissão de Justiça analise esta situação
intolerável, ilegal, no meu entendimento, de parte do Executivo. Eu estou pedindo
que seja acelerada a decisão e que sejam juntados, ao Requerimento, os Diários
Oficiais dos dias 05 e 06 para que a Comissão de Justiça tenha, em mãos, mais
um documento da aberração que acontece em desrespeito à Lei Municipal, Lei
8.666.
O SR. PRESIDENTE: Ver. João Dib, nós estamos, aqui, com o
Presidente da Comissão de Justiça, Ver. Elói Guimarães.
O SR. JOÃO DIB: Sr. Presidente, eu acho que a Comissão de
Justiça não recebeu ainda, porque depende de decisão do Plenário ou de V. Ex.ª.
O SR. PRESIDENTE: É um Requerimento que V. Ex.ª encaminhou
à Mesa e que não pôde ser votado, porque nós estávamos discutindo um Veto.
O SR. JOÃO DIB (Requerimento): Então, eu pediria que ele, hoje, fosse
votado e anexados dois documentos a ele.
O SR. PRESIDENTE: V. Ex.ª está colocando um Requerimento
para que o seu Requerimento seja o primeiro a ser votado? É isso, Ver. João
Dib?
O SR. JOÃO DIB: Exato.
O SR. JUAREZ PINHEIRO (Questão de Ordem):
Sr. Presidente e Srs.
Vereadores. Nós discordamos das afirmações do Ver. João Dib. Nós sabemos que
aqueles funcionários do Estado que foram municipalizados, que venham a se
aposentar ou que faleçam, não têm como ser substituídos sem que venha para esta
Casa um Projeto. Mas, independente de qualquer coisa, o Requerimento a que o Ver.
João Dib se refere consta da pasta dos requerimentos a serem apreciados por
esta Casa. Hoje já votamos um Requerimento apregoado pelo Ver. Antonio
Hohlfeldt, que recebeu acréscimo do Ver. Elói Guimarães, para que viéssemos a
apreciar aqueles projetos constantes na Ordem do Dia.
Portanto,
enquanto Primeiro Secretário, quero apenas fazer esse esclarecimento e, se o
Vereador desejar realmente votar este Requerimento, terá que fazer o
Requerimento para ser apreciado pelo
Plenário e depois ir para a Comissão de Justiça.
O SR. JOÃO DIB (Questão de Ordem): Correto, eu quero que o Requerimento seja
apreciado. Agora, quanto às minhas colocações, nada têm a ver com a
municipalização da saúde, porque anteriormente também se fazia carta-contrato.
O SR.
GERSON ALMEIDA (Requerimento): Sr. Presidente, gostaria de acrescentar que
o posterior Requerimento a ser votado seja o deste Vereador, que propõe a
constituição de uma Comissão nesta Casa para envidar esforços junto a outras
Câmaras para defender os municípios contra a drenagem de recursos que o novo
pacote amplia, dos municípios, para o Governo Federal.
O SR. PRESIDENTE: Logo após os projetos que estão aqui para
serem votados e que totalizam onze processos, passaremos para os requerimentos.
Em
primeiro lugar, vai ser votado o requerimento do Ver. João Dib e posteriormente
o requerimento de autoria do Ver. Gerson Almeida. Depois, continuaremos com os
requerimentos pela ordem de entrada.
Em
votação o Requerimento de autoria do Ver. João Dib. (Pausa.) Os Srs. Vereadores
que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO o Requerimento de autoria do Ver. João Dib.
Passamos
à
PROC.
0658/98 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 019/98, de autoria do Ver. Adeli Sell, que concede
o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Senhor Júlio Zanotta Vieira.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Fernando Záchia: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. Eliseu Sabino: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto
favorável de dois terços dos membros da CMPA - Art. 82, § 2º, V, da LOM;
- votação nominal nos
termos do Art. 174, II, do Regimento da CMPA.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão geral e votação o PLL nº
019/98. Não havendo inscritos para discutir, passamos à votação nominal. (Após
a chamada.) 30 votos “SIM”. APROVADO.
PROC.
0944/98 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 008/98, que declara de utilidade pública a União
dos Vereadores do Rio Grande do Sul - UVERGS.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Reginaldo Pujol: pela aprovação do Projeto;
- da CEFOR. Relator Ver. Adeli Sell: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. Antonio Hohlfeldt: pela aprovação do Projeto.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLE nº 008/98. O Ver. Reginaldo
Pujol está com a palavra para discutir o Projeto.
O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, sou
Relator desta matéria na Comissão de Constituição e Justiça. Na oportunidade,
ao fazer o relato, eu acentuei alguns aspectos, porque estamos declarando de
utilidade pública a União dos Vereadores do Rio Grande do Sul. Eu dizia no
relatório que constatamos, no exame, que a entidade preenche as condições
exigidas no art. 1º, da Lei Municipal nº 2.926/66, tendo sido feita a juntada,
no seu requerimento inicial, de todos os documentos exigidos.
O
Projeto é legal, regimental e orgânico, motivo pelo qual opinamos pela sua
tramitação e conseqüente aprovação.
Tivemos,
obviamente, o apoio de todos os integrantes da Comissão, dada a inequívoca
legalidade, entre os quais, incluo o apoio decisivo do Presidente, Ver. Elói
Guimarães, Vereador de longa data nesta Casa e na militância política no Estado
do Rio Grande, que, como nós, já teve grande participação na vida dessa
entidade. Não me manifestei sobre isso, porque não cabia a manifestação naquele
momento nem naquela Comissão. Fiquei surpreso, porque essa seria uma medida
preliminar para que a Casa pudesse eventualmente se filiar à UVERGS, fato que
eu acreditava já há muito tempo ter ocorrido em função de que nós não podemos,
como integrantes da principal Casa Legislativa do Estado, ficar fora desse
processo que visa à valorização do representante público em nível municipal.
A
UVERGS tem uma história muito rica, ela foi fundada exatamente num período em
que, por circunstâncias nacionais, os Vereadores eram considerados, por assim
dizer, um político de segunda linha e somente duas ou três câmaras municipais
permitiam que os Vereadores tivessem remuneração, fato esse corrigido em função
de um trabalho desenvolvido em todo o território nacional e que, aqui, no Rio
Grande do Sul, teve na UVERGS a sua grande vanguardeira. Acho que, no momento
em que o Executivo Municipal propõe a declaração de utilidade pública à União
dos Vereadores do Rio Grande do Sul, é oportuno
que se saliente o significado desta entidade que está sendo declarada de
utilidade pública, pois não se trata de uma entidade qualquer. Todas as
entidades que vêm a exame desta Casa, em condições análogas, são merecedoras
desse reconhecimento, além de ser uma entidade como outras tantas a merecer
esse reconhecimento, trata-se de uma instituição que merece ser gizada na sua
importância no processo de valorização do político municipalista, que nós nos
inserimos neste contexto ainda que numa situação de aparente privilégio por
exercermos a vereança na Capital do Estado e, por conseqüente, termos, ao
natural, uma projeção maior ao nosso
trabalho do que têm os nossos companheiros Vereadores em Terra de Areia, Bossoroca,
Piratini, Augusto Pestana, Pejuçara, enfim, nesses 467 municípios do Estado,
onde mais do que qualquer outra instituição
está lá um legislativo atuante a marcar a existência de um processo
democrático na vida política daqueles municípios. A UVERGS, mais do que
qualquer outra entidade, tem essa característica.
Nós
temos, em função de algumas delegações de poderes, verificado a presença muito
atuante e marcante das associações de prefeitos, já que, hoje, eles se dividem
em mais de uma entidade, o que não ocorre na UVERGS, onde, apesar dos pesares,
essa unidade de atuação tem sido mantida.
Por
isso, Ver. Elói Guimarães, eu sei que V. Ex.ª se somaria a esta nossa
manifestação, entendemos absolutamente necessário que, ao se votar essa
matéria, se venha a esta tribuna e se estabeleça com clareza, com propriedade,
com segurança, quem é, o que fez, o que faz e o que fará a entidade a ser
declarada de utilidade pública. É a União dos Vereadores do Rio Grande do Sul -
UVERGS, entidade maior da nossa categoria, da nossa instituição política, a
mais antiga instituição brasileira, que é o Vereador, homem em contato diário
com a população, com a comunidade, que tem, na sua representação coletiva, a
UVERGS, é a sua grande Entidade representativa.
Por
isso, é evidente, que nós discutimos a matéria para dizer do nosso
acompanhamento à iniciativa do Executivo Municipal. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Elói Guimarães está com a palavra.
O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, hoje,
nesta tarde, com este Projeto, estamos fazendo justiça, digo até que é tardia,
com uma instituição, a União dos Vereadores do Rio Grande do Sul, que tem um
papel importante, mas mais ainda no período excepcional, no período da ditadura
militar.
Quero
dizer que eu fui eleito a primeira vez como Vereador do MDB. O Ver. Reginaldo
Pujol foi Vereador da Arena e tivemos a oportunidade de fazer uma disputa pela
presidência da UVERGS. Ele, melhor estruturado, venceu as eleições na cidade de
Pelotas. Acontece que o Presidente da UVERGS era de Pelotas, Ver. Carini, e
teve a oportunidade de organizar, Ver. Lauro Hagemann, lá em Pelotas, a
eleição. De qualquer forma, fizemos uma grande disputa. Mas o importante mesmo,
o papel histórico da UVERGS foi, exatamente, se transformar, naquela oportunidade,
num espaço, num palco de debate na busca do que veio, afinal, acontecer, pelo
movimento coletivo da sociedade, que foi a democratização do País. Eu lembro
que se travavam intensos debates nos encontros e nos congressos da UVERGS, não
só em nível regional, mas como também em nível nacional.
Então,
Sr. Presidente, os Vereadores brasileiros tiveram a oportunidade de dar
significativas contribuições para a aceleração do processo democrático do País,
que hoje, passado o tempo, quando temos a liberdade, quando temos a democracia,
é um assunto que não sensibiliza. Mas à época, onde as restrições eram intensas
e as liberdades sofriam graves restrições, naqueles momentos e, exatamente,
naqueles momentos, a instituição, a entidade UVERGS, desempenhou papel extremamente
importante. Vejam a característica democrática dos coletivos! Na oportunidade,
era Presidente da UVERGS - pelo menos naquele período - o Ver. Reginaldo Pujol
que - eu quero fazer justiça a S. Ex.ª -, mesmo naquele contexto excepcional de
ditadura, fez, a frente da UVERGS, uma administração extremamente democrática
onde se produziram grandes debates de denúncias, de lutas, de entraves, Ver.
Clovis Ilgenfritz, na busca da democracia que, finalmente, nós conseguimos, Os
Governadores eram nomeados, eleições indiretas, prefeitos nomeados, Ato
Institucional nº 5, enfim, Ver. Pedro Américo Leal, houve uma série de
limitações e restrições ao direito democrático de representação e a UVERGS foi
um grande espaço, um grande instrumento que levou a fazer com que, somados aos
demais movimentos havidos no País, os movimentos clandestinos, toda uma luta da
sociedade brasileira que custou sangue; que custou suor e lágrimas, discursos,
lutas, passeatas, todo um processo que se desenvolveu, viesse, afinal, desaguar
nisso que nós temos hoje: na liberdade do estado de direito democrático.
Portanto, naquele momento em que as liberdades eram garroteadas, ali estava a
UVERGS pelos seus Vereadores, lutando pela liberdade. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Em votação o PLE nº 008/98. Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
PROC.
1596/98 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 075/98, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que
denomina Rua Ana Maria Franco Zardin um logradouro irregular localizado no
Bairro Rubem Berta. Com Emenda nº 01.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Reginaldo Pujol: pela aprovação do Projeto e da
Emenda nº 01;
- da CUTHAB. Relator Ver. Décio Schauren: pela aprovação do Projeto e da
Emenda nº 01;
- da CECE. Relator Ver. José Valdir: pela aprovação do Projeto e da
Emenda nº 01.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLL nº 075/98. (Pausa.)
Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados.
(Pausa.) APROVADO.
Em
votação a Emenda nº 1 ao PLL nº 075/98. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
PROC.
1810/98 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 084/98, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que
denomina Rua José de Abreu Fraga um logradouro público localizado no Bairro
Restinga.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Reginaldo Pujol: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. Lauro Hagemann: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relatora Vera. Clênia Maranhão: pela aprovação do Projeto.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLL nº 084/98. O Ver.
Reginaldo Pujol está com a palavra para discutir.
O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. Fui
Relator deste Projeto na Comissão de Constituição e Justiça e evidentemente fui
favorável, eis que a matéria estava absolutamente legal e regimental, e
introduzi uma pequena expressão que, de certa forma, é uma demasia em nosso
parecer, quando digo que o “currículo do homenageado, conhecido homem público
desta Cidade, dá a base legal para a homenagem justa que agora lhe presta a
Cidade que, em muitas oportunidades, ajudou a dirigir”. A expressão “justa”
pode confundir com o mérito. É que fiquei absolutamente tocado pela idéia de
dizer alguma coisa, por pequena que fosse, sobre esta figura do José de Abreu
Fraga, homem que conheci há muito tempo, quando atuava nos Moinhos
Rio-grandenses, que conheci atuando como Secretário da Administração do
Município de Porto Alegre, como militante da extinta União Democrática
Nacional, de que foi dirigente em Porto Alegre e em Viamão, e tive o privilégio
de vivenciar com esse cidadão, cuja grandeza de caráter, grande de homem e de
pessoa se sobressaía de toda forma e de toda maneira.
Então,
fico muito feliz que esse diligente Ver. João Carlos Nedel tenha promovido esta
homenagem e tenha escolhido a rua 7141, lá no loteamento do Barro Vermelho, no
Bairro Restinga, bairro com o qual eu tenho grande vinculação. Fico
absolutamente tranqüilo de que essa rua, que hoje está a merecer essa
denominação, e que certamente terá a decisão da Câmara sancionada pelo Sr.
Prefeito Municipal, há de ter o devido cuidado, por parte da municipalidade e
por parte da comunidade, para que possa ser o local digno da homenagem, que de
forma tão aberta, tão franca e tão sincera o Ver. João Carlos Nedel providencia
a José de Abreu Fraga.
Faço
este registro como um dever de justiça para com a família do homenageado e,
sobretudo, como um dever comigo mesmo, já que eu tive o privilégio de ter recebido
do Dr. José Abreu Fraga uma série de aconselhamentos na minha juventude, como
estudante e como adolescente, de um homem que acreditava nas idéias que
defendia, que entusiasmadamente dissertava sobre os feitos da sua União
Democrática Nacional, UDN, que proclamava que o preço da liberdade é a eterna
vigilância, que foi um dos homens que me ajudou a acolher essa premissa que eu
tenho carregado ao longo da vida. Realmente, se nós todos temos na liberdade
esse bem tão relevante, esse bem tão superior, é preciso que nós estejamos
vigilantes para que ela seja preservada, para que ela não seja atingida. Assim
pregava o José Abreu Fraga, que agora será nome de rua, na medida em que na
iniciativa feliz do meu amigo Ver. João Carlos Nedel, competente Vereador desta
Casa, a sua sensibilidade dá possibilidade de nós assim procedermos, votando -
como acredito que votaremos - a unanimidade a homenagem requerida hábil, legal,
regimental e, sobretudo, com muito mérito pelo Ver. João Carlos Nedel. Muito
obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Encerrada a discussão. Em votação o PLL
nº 084/98. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados.
(Pausa.) APROVADO.
PROC.
1900/98 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 090/98, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que
denomina Rua Irmãos Maristas um logradouro irregular localizado no Bairro Rubem
Berta.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Elói Guimarães: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relatora Vera. Anamaria Negroni: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. José Valdir: pela aprovação do Projeto.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLL nº 090/98. (Pausa.)
Encerrada a discussão. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL
PROC.
2402/98 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 115/98, de autoria da Vera. Clênia Maranhão, que
concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao ator e diretor Paulo
José Gomes de Souza.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Fernando Záchia: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. Eliseu Sabino: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto favorável de dois
terços dos membros da CMPA - Art. 82, § 2º, V, da LOM;
- votação nominal nos termos do Art. 174,
II, do Regimento da CMPA.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLL nº 115/98. (Pausa.)
Encerrada a discussão. Em votação. (Pausa.) (Após a chamada.) APROVADO por 30 votos SIM.
O
Ver. Reginaldo Pujol solicita Licença para Tratar de Interesses Particulares no
dia 11 de novembro.
(Obs.:
Foi aprovado Requerimento de licença do Ver. Reginaldo Pujol.)
PROC.
2433/98 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 118/98, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que
denomina Rua José Gonçalves um logradouro irregular localizado no Bairro
Partenon.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Elói Guimarães: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. Antônio Losada: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relatora Vera. Clênia Maranhão: pela aprovação do Projeto.
O SR. PRESIDENTE: Discussão geral e votação do PLL nº
118/98. Em discussão. (Pausa.) Encerrado o período para discussão. Em votação.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
PROC.
2874/98 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 146/98, de autoria do Ver. Carlos Alberto Garcia,
que denomina Rua Bispo Isac Aço um logradouro irregular localizado no Bairro
Rubem Berta.
Observações:
- incluído na Ordem do Dia por força do Art. 81 da LOM.
O SR. PRESIDENTE: Discussão geral e votação do PLL nº
146/98. Em discussão. Encerrado o período de discussão. Em votação. O Ver.
Carlos Alberto Garcia está com a palavra para encaminhar.
O SR. CARLOS ALBERTO GARCIA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, este ano
a Igreja Metodista está completando 250 anos, e em Porto Alegre não existe
nenhum logradouro público enfatizando o fato ou homenageando algum de seus
membros. Por esse motivo nós propusemos essa singela homenagem ao Bispo Isac
Aço, que faleceu no ano de 1991, teve sete filhos; sua esposa é dirigente do
Colégio Americano, e seu filho, João Paulo, é o atual Presidente do Conselho
Diretor do IPA, do Colégio Americano e das Faculdades de Ciências da Saúde -
IMEC.
Entendemos
mais do que justa esta homenagem e esperamos que os Srs. Vereadores votem pela
aprovação do nome Bispo Isac Aço para o logradouro, localizado no Bairro Rubem
Berta. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Em votação o PLL nº 146/98. (Pausa.) Os
Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.
O SR. JUAREZ PINHEIRO (Questão de Ordem):
Solicito ao Ver. Elói
Guimarães que a Comissão de Constituição e Justiça, por ocasião da redação
final do processo recém-votado, verifique que a ementa trata de um logradouro
irregular e o croqui constante desse projeto fala em logradouro cadastrado.
Portanto, parece uma referência importante no momento da redação final ter-se
uma confirmação para que não saia uma lei sem precisão: trata-se de um
logradouro irregular ou logradouro cadastrado.
O SR. PRESIDENTE: Está correto V. Ex.ª, quando da redação
final, a Comissão de Constituição e Justiça se encarregará dessa Emenda.
PROC.
1354/98 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 015/98, que altera a redação do art. 4º da Lei
nº 4080, de 15 de dezembro de 1975, e dá outras providências. (Composição do
Conselho Deliberativo do DMLU) Com
Emendas nºs 01 e 02.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. João Motta: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. Antônio Losada: pela aprovação do Projeto;
- da CEFOR. Relator Ver. Adeli Sell: pela aprovação do Projeto.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLE nº 015/98. As Emendas
têm destaque, serão votadas uma a uma. (Pausa.) Encerrada a discussão. Em
votação o Projeto de Lei do Executivo nº 015/98, com ressalva das Emendas.
O
Ver. Renato Guimarães está com a palavra para encaminhar.
O SR. RENATO GUIMARÃES: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, quero
dizer que este Projeto já esteve em debate em duas ocasiões no Plenário e, por
entendimento do conjunto das bancadas, foi suspensa a votação do Projeto para
entendimentos e esclarecimentos em relação a aspectos do Projeto.
O
Projeto versa em retirar do Conselho Deliberativo do DMLU duas entidades que
solicitaram essa retirada por entenderem que não há necessidade de estarem ali
representadas, pois acabavam faltando e prejudicando os próprios trabalhos do
Conselho Deliberativo do DMLU. Essa foi uma reivindicação das próprias
entidades que se viam na condição de não poderem acompanhar os trabalhos de
debate que o Conselho Deliberativo faz.
Quero
informar, também, que esse Projeto tramitou na Casa, nas comissões necessárias
e teve aprovação. Portanto, há um acordo em relação à necessidade de mudar o
Conselho do DMLU. O único esclarecimento que se fez necessário, e por que se
protocolou a votação desse Projeto, foi em relação à Emenda nº 01, que é uma
Emenda que traz ao Conselho do DMLU, uma entidade que legalmente, pelo Parecer
que temos aqui, não pode estar no Conselho, que é a Associação das Caçambas que
recolhem lixo na Cidade de Porto Alegre. Há uma restrição legal a que essa
entidade esteja diretamente no Conselho do DMLU, porque ela participa das
licitações do DMLU, e esse foi o único motivo que postergou a votação do
Projeto.
Faço
esse registro para dizer que há um acordo do conjunto das bancadas para a
aprovação desse Projeto, que tenta dinamizar e fazer com que o Conselho do DMLU
seja mais ágil nas suas atribuições. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Isaac Ainhorn está com a palavra
para encaminhar.
O SR. ISAAC AINHORN: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, pretende
o Ilustre Ver. Jocelin Azambuja, através da sua Emenda, ver a Associação dos
Transportadores de Caçambas e Entulhos, em Porto Alegre, incluída no Conselho
Deliberativo do DMLU. A nossa visão se alinha dentre aquelas que entendem que
deva merecer um cuidado maior na inclusão de entidades junto ao Conselho
Deliberativo. Aliás, o bom é que sejam entidades que tenham alguma coisa a ver,
e que já tenham passado por um crivo de reconhecimento pleno da sociedade,
quanto a sua plena utilidade, para incluí-la em um Conselho dessa natureza.
Exemplo: Sociedade de Engenharia no Conselho do Plano Diretor. É óbvio que ela
teria que ter participação, mas é uma atividade recente e que está exigindo,
inclusive, uma maior disciplina. A lei que envolve o recolhimento de caçambas
na Cidade de Porto Alegre, a nosso juízo,
que foi criada aqui, deve ser, urgentemente, reavaliada, até porque
essas caçambas têm-se constituído em um entulho dentro das ruas de Porto
Alegre.
Ao
invés das caçambas se constituírem em algo positivo para evolução e
desenvolvimento urbano da Cidade, estão sendo geradoras, em alguns casos, Ver.
Sebenelo, de acidentes na Cidade; já houve casos de mortes. Não há definição de
prazos e, se ousar, os prazos das caçambas nas ruas de Porto Alegre, não são
sequer respeitados. Uma caçamba fica cheia de entulho, e o seu recolhimento
fica no arbítrio da empresa proprietária, que deixa uma semana, dez dias, na
rua, sem disciplina e sem o seu recolhimento, causando um enorme prejuízo.
Então, esses contêiners, chamados de caçambas, ao invés de colaborarem para a
qualidade de vida, estão a exigir uma definição mais rigorosa. Por isso, neste
momento - que se discute novamente a
questão da constituição do Conselho Deliberativo do DMLU -, discute-se a
inclusão, ou não, dessa entidade. Nós achamos que devemos aguardar um
reconhecimento público maior desse tipo de atividade para então enquadrá-los no
Conselho Deliberativo do DMLU. Por essa razão, entendemos de que essa Emenda,
de inclusão dessa entidade, neste momento, ainda deve ser rejeitada. Muito
obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Antonio Hohlfeldt está com a
palavra para encaminhar.
O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, a
Bancada do PSDB é favorável ao Projeto, e tem apenas uma dúvida sobre a Emenda
nº 1, não tanto pelo mérito da participação das entidades, mas notem, Srs.
Vereadores, que estão saindo duas entidades, nós ficamos com um número ímpar, e
a entrada de uma entidade torna o número par, no Conselho, o que, obviamente,
cria algum problema na hora das votações, tornando o voto do Presidente duplo.
Por conseqüência, esse é o problema que eu vislumbro, porque, normalmente, em
todos os conselhos, sempre se busca ter composição ímpar, de maneira que se
possa ter uma decisão que não gere o empate. Com a Emenda do Ver. Jocelin
Azambuja, nós criamos o problema do número par no Conselho, portanto, com o
Voto de Minerva, que passaria a ser duplo por parte do Presidente, e acho que
isso não é bom para nenhum conselho. Nós teríamos uma saída que não é mais
possível, pois já estamos na votação, o que seria dizer que o Presidente não
votaria, a não ser no caso de empate, mas, na verdade, essa emenda não foi
feita e, portanto, a cogitação esta fora da possibilidade.
Nesse
sentido, nós temos posição contrária, especificamente nessa Emenda, não pelo
mérito, mas muito especificamente pela fórmula da votação porque o ideal é um
número ímpar dos membros desse Conselho. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Em votação o PLE nº 015/98. Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Em
votação a Emenda nº 01 aposta ao PLE nº 015/98. (Após a chamada.) REJEITADA por 26 votos NÃO.
Em
votação a Emenda nº 02. Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados.
(Pausa.) APROVADA a Emenda nº 02.
PROC.
1355/97 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 015/97, que autoriza a alienação de sobra de
terreno, pertencente ao próprio municipal, proveniente da abertura da Rua Irmão
José Otão à Miracy Schüler Schaan.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Juarez Pinheiro: pela aprovação do Projeto;
- da CEFOR. Relator Ver. Pedro Ruas: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. José Valdir: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. Antonio Hohlfeldt: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos
membros da CMPA - Art. 82, § 1º, VIII, da LOM.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLE nº 015/97. (Pausa.)
Encerrada a discussão. Em votação o PLE nº 015/97. (Pausa.) Os Srs. Vereadores
que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
PROC.
0524/98 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 010/98, de autoria do Ver. Cláudio Sebenelo,
que impede a instalação de bancas de artesãos, ou qualquer exploração
comercial, nos passeios do Parque Farroupilha. Com Emenda nº 01.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Nereu D’Ávila: pela aprovação do Projeto e da
Emenda nº 01;
-
da CUTHAB. Relator Ver. Lauro Hagemann: pela aprovação do Projeto;
Relator Ver. Antônio Losada: pela aprovação da Emenda nº 01;
-
da COSMAM. Relator Ver. Gerson Almeida: pela aprovação do Projeto e da
Emenda nº 01.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLL nº 010/98. (Pausa.)
Encerrada a discussão. Em votação o PLL nº 010/98. O Ver. Cláudio Sebenelo está
com a palavra para encaminhar.
O SR. CLÁUDIO SEBENELO: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, com
muita freqüência as áreas de lazer e que pertencem ao meio ambiente são
escolhidas para invasão e ocupação do espaço urbano, especialmente na área
comercial, esportiva e muitas vezes na área de lazer e outros equipamentos
urbanos. O que visamos com esse Projeto é
dar como exemplo a Cidade de Porto Alegre e não abrir mão de nenhum
centímetro da sua ecologia e que espaços destinados à circulação sejam ocupados
por comerciantes e, principalmente que, através dessa ocupação, se faça a
depredação de uma das coisas mais preciosas que existe em nossa Cidade como,
por exemplo, o nosso Parque da Redenção, o nosso Parque Farroupilha, onde é
muito freqüente a invasão de uma série de pequenas bancas, de pequenos
comerciantes, especialmente do Brique, entrando Parque a dentro, ocupando os
passeios e depredando a vegetação.
Por
isso, esse meu Projeto, não abrindo mão de um centímetro do aspecto ecológico
daquele Parque. Peço a aprovação de todos os meus pares a esse tipo de
importância muito mais emblemática, muito mais como um exemplo para a Cidade de
Porto Alegre, de preservação, de cuidado com essa delicada vegetação que tem a
Cidade de Porto Alegre, através do seu Parque Farroupilha, como o seu pulmão principal
de fornecimento de oxigênio. Não a qualquer tipo de invasão de qualquer
estrutura ambiental e ecológica. Essa é a grande mensagem desse Projeto. Muito
obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Renato Guimarães está com a palavra
para encaminhar.
O SR. RENATO GUIMARÃES: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, quero
dar os parabéns ao Ver. Sebenelo pela brilhante iniciativa de fazer um projeto
que, de fato, venha a atender a necessidade da Cidade. Acho que temos que ter
uma visão toda voltada para a questão ambiental, e esse Projeto demarca a
questão da preservação do local de lazer, de recreação, da praça, do meio
ambiente, e não difundido para outras funções. Portanto, o Projeto que trabalha
no sentido de preservar a qualidade e as condições, hoje, da nossa Redenção é
muito importante.
Gostaria
de destacar que temos uma Emenda a esse Projeto trabalhando a questão de
algumas situações que existem hoje no Parque Farroupilha, que se consolidaram
através dos anos. Locais para atendimento ao público, para venda de produtos
dos próprios usuários que buscam o Parque Farroupilha visando a manutenção
desses serviços dentro do Parque. Como há a concordância do Ver. Sebenelo, a
Casa está tomando um importante passo hoje no sentido de destacar a função do
Parque Farroupilha, trabalhando na sua preservação, proibindo que se instalem,
do presente para o futuro, outras situações como a que havíamos destacado. O
Projeto mostra o papel desta Casa de fiscalizar e controlar a ocupação do
espaço urbano. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Em votação o PLL nº 010/98 com ressalva
da Emenda. Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Em
votação a Emenda nº 01. Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados.
(Pausa.) APROVADA.
Queremos
anunciar, aqui, a presença do Procurador-Geral do Município, Dr. Rogério
Favreto. O Senhor é sempre bem-vindo, entre nós. O Sr. 1º Secretário irá
apregoar dois Processos que chegam do Executivo.
O SR. 1º SECRETÁRIO: Proc. nº 3173/98 - Of. nº 461/GP – No
qual o Sr. Prefeito Municipal, Raul Pont, comunica o afastamento do
Vice-Prefeito, Sr. José Fortunati, para viajar ao Rio de Janeiro, no dia 12 de
novembro, às 12h30min, e o retorno no dia 13 à tarde, para participar naquela
Cidade do Encontro Nacional de Vice-Prefeitos, promovido pelo IBAM - Instituto
Brasileiro de Administração Municipal, com ônus para o Município de Porto
Alegre.
Proc.
nº 3174/98 - Of. nº 462/GP -
Comunicação do Sr. Prefeito Municipal, Sr. Raul Pont, solicitando autorização
legislativa para ausentar-se do País, no período das 19 horas do dia 13/11/98,
retornando no final da manhã do 20/11/98. Nos dias 14,15 e 16 estará
participando em Havana/Cuba, do VI Encontro pela Cooperação e Solidariedade das
Cidades Ibero-americanas com Havana e, do Encontro internacional sobre a
participação Social na Gestão do Meio Ambiente Urbano, na Cidade do
México. Na ocasião, além de temas
relevantes envolvendo os Países participantes, será apreciado o turismo e
perspectivas do Municipalismo Ibero-americano.
O SR. PRESIDENTE: O Ver. João Dib está com a palavra para
uma Questão de Ordem.
O SR. JOÃO DIB (Questão de Ordem): Sr. Presidente, este Processo em que o
Prefeito solicita autorização para viajar ao exterior está devidamente
instruído?
O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): O Processo está devidamente instruído,
mas não vamos votar este Processo agora. Ele está sendo apenas apregoado.
O SR. JOÃO DIB (Questão de Ordem): Eu gostaria de olhar o Processo.
O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Pois não, Ver. João Dib.
PROC. 1758/98 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 081/98,
de autoria do Ver. Carlos Garcia, que inclui a Festa de São Jorge no Calendário
de Eventos Oficiais de Porto Alegre.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Juarez Pinheiro: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. José Valdir: pela
aprovação do Projeto.
Observações:
- retirada
a Emenda nº 01.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLL nº 081/98. (Pausa.)
Encerrada a discussão Em votação o PLL nº 081/98. (Pausa.) Os Srs. Vereadores
que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO o PLL nº 081/98.
O SR. JOÃO DIB (Questão de Ordem): Verifico que o Processo em que o
Prefeito solicita autorização para viajar não tem a documentação necessária
para que se analise o que está sendo afirmado. Lembro que quando o Prefeito
viajou para Saint Dennis, ele não colocou todas as informações necessárias e só
depois fiquei sabendo que ele viajava com passagem paga e como conferencista,
pago. Gostaria que a documentação acompanhasse o Processo de Licença do Sr.
Prefeito Municipal.
O SR. PRESIDENTE: Ver. João Dib, Vossa Excelência está
correto. Os Vereadores têm por obrigação de votar os processos, mas os
processos têm que estar devidamente instruídos para que possamos votá-los.
O SR. ISAAC AINHORN (Questão de Ordem): Sr. Presidente, normalmente, Projetos
desta natureza, que se revestem de urgência, apregoados pela Mesa, eles são
remetidos à Comissão de Justiça para nomear Relator. É isso, Sr. Presidente?
O SR. PRESIDENTE: Exato.
O SR. ISAAC AINHORN: No caso deste Processo que veio com
documentação incompleta, eu indago se V. Ex.ª vai aguardar que a liderança do
Governo encaminhe os documentos necessários para serem juntados ao processo?
O SR. PRESIDENTE: Sim, é feito um Projeto de Decreto
Legislativo, que, é encaminhado à CCJ,
a qual vai dar o seu Parecer, mas é claro que temos que levar em consideração o
pedido que foi feito pelo Ver. João Dib, para que esta documentação seja
anexada ao Processo.
O SR. ISAAC AINHORN: Mas, Sr. Presidente, a questão que eu
suscito é a seguinte: o Ver. João Dib levantou a questão de que o pedido não
veio devidamente instruído com a documentação que se faz necessária, face a
isso...
O SR. PRESIDENTE: Vereador, a documentação que solicita o
Ver. João Dib poderá prontamente ser colocada dentro do processo, bastando que
a Liderança do PT possa providenciar nisso.
O SR. ISAAC AINHORN: Só então V. Ex.ª vai remeter para a
Comissão de Constituição e Justiça.
O SR. PRESIDENTE: Nós podemos fazer concomitantemente. Nada
obsta que o processo continue tramitando normalmente e que esse documento seja
remetido para a Casa para constar no processo.
O SR. ISAAC AINHORN Não quero debater com V. Ex.ª, porque V.
Ex.ª está me esclarecendo, mas indago se a ausência desses documentos não
prejudica o próprio relatório do parecerista.
O SR. PRESIDENTE: Eu não posso influir naquilo que vai
decidir a Comissão de Justiça da Casa, mas o Ver. João Dib faz um pedido e
acredito que esse pedido irá ser providenciado através da Liderança do Partido
do Governo.
O SR. JUAREZ PINHEIRO (Questão de Ordem):
Sr. Presidente, creio
que esta questão já está equacionada, mas, de qualquer forma, vamos
providenciar o documento solicitado pelo Ver. João Dib e queremos dizer que não
existe nenhum dispositivo que diga e conste na Lei Orgânica que esse documento
deveria acompanhar. Nós, por sensibilidade política, é óbvio, vamos anexar aos
autos. Mas, esse excesso não está registrado em nenhuma regra da nossa Lei Orgânica,
mas, de qualquer forma, vamos atender à solicitação do Ver. João Dib.
O SR. PRESIDENTE: Sim, é obrigação de todos nós, Vereadores
de Porto Alegre, procurarmos instruir o melhor possível todos os processos que
tramitam na Casa, então razão se dá ao Ver. João Dib, que pede que um documento
seja anexado ao processo para que ele possa analisar esse processo mais
profundamente.
O SR. 1º SECRETÁRIO: Requerimento do Ver. João Dib solicitando
a ouvida da Comissão de Constituição e Justiça da Casa, ao Proc. nº 2970/98,
solicitando seja ouvida a CCJ acerca da utilização de Cartas-Contrato pelo
Executivo Municipal.
O SR. PRESIDENTE: Em votação o Requerimento do Ver. João
Dib. Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO. Estão suspensos os trabalhos.
(Suspendem-se os trabalhos
às 17h18min.)
O SR. PRESIDENTE (às 17h24min): Estão reabertos os trabalhos. Verificamos
que não existe quórum para prosseguirmos as votações. Estão encerrados os
trabalhos da presente Sessão Ordinária.
(Encerra-se a Sessão às 17h24min.)
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